Sociedade

Nova administração da ULS da Guarda definida, mas a aguardar nomeação

Escrito por Jornal O INTERIOR

Ordem dos Médicos do Centro critica «inexplicável atraso» de mais de dez meses na substituição do atual Conselho de Administração liderado por Isabel Coelho

A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos considera «inexplicável» que a ministra da Saúde não tenha ainda nomeado os Conselhos de Administração (CA) das Unidades Locais de Saúde (ULS) da Guarda e Castelo Branco.

Segundo Carlos Cortes, presidente daquela entidade, este atraso de mais de dez meses deixa estas duas unidades de saúde «amputadas do dever de liderança eficaz numa fase especialmente complexa como a que estamos a viver. É mais uma prova flagrante de incompetência e de desleixo do Ministério da Saúde perante a gestão da pandemia». O dirigente considera que a situação é «incompreensível» e reveladora de que a mudança das administrações hospitalares, cujas comissões de serviço terminaram no final de dezembro de 2019, «não foi tratada atempadamente». Carlos Cortes alerta que, no caso de Castelo Branco, o presidente do CA «já se reformou há sete meses», enquanto na Guarda a administração está em gestão corrente. «A indefinição, o desinteresse e o bloqueio do Ministério da Saúde mostra o menosprezo pela prestação dos melhores cuidados no interior do país», alerta o presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, que pede à ministra Marta Temido que «tome decisões que ajudem a combater a pandemia».

Na Guarda, Isabel Coelho e a sua equipa continuam em funções até serem substituídas. O INTERIOR sabe que o próximo CA já estará definido ultrapassadas que foram as negas para se encontrar um novo diretor clínico dos cuidados hospitalares, cargo que foi rejeitado por vários médicos. A solução passou pela recondução da dermatologista Fátima Cabral, o mesmo acontecendo com a enfermeira-diretora Nélia Faria. A administração será liderada por João Barranca, quadro da Administração Central dos Serviços de Saúde, e terá António Monteirinho, líder da concelhia da Guarda do PS, como vogal-executivo, enquanto o médico António Serra, diretor do Centro de Saúde do Sabugal, deverá ser o diretor clínico para os cuidados de saúde primários. O CA fica completo com José Monteiro, vogal novamente indicado pela CIM das Beiras e Serra da Estrela.

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