Sociedade

«Nem a maior pandemia dos últimos cem anos conseguirá apagar a Feira de São Bartolomeu»

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Escrito por Efigénia Marques

Pelo segundo ano consecutivo, não há Feira de São Bartolomeu, em Trancoso, devido à Covid-19, mas os seus promotores já estão a pensar na edição de 2022 porque «nem a maior pandemia dos últimos cem anos conseguirá apagar a mais antiga feira franca do país, com 748 anos de existência», garante o presidente do município.
Depois desta paragem forçada, Amílcar Salvador confia que o certame, que devia ter lugar nestes dez dias, regressará «com redobrado interesse e dinamismo». A decisão de não realizar a feira foi tomada há alguns meses, numa altura em que a situação pandémica vigente era «grave e claramente desfavorável» à concretização da 748ª edição. «A programação é preparada com grande antecedência relativamente à data de abertura. Ora, este ano, na altura habitual para o fecho do cartaz e lançamento dos procedimentos concursais para contratação dos artistas e estruturas de suporte ao evento não nos restava outra alternativa que cancelar tudo», justifica o autarca. Em contrapartida, o município vai promover a feira de gado na manhã deste domingo e apostar na dinamização dos mercados semanais das sextas-feiras.
«A não realização da Feira de São Bartolomeu, que envolve centenas de expositores e atrai milhares de pessoas a Trancoso durante dez dias, acarreta impactos para as nossas empresas e para a sociedade, onde o evento tem um lugar central enquanto vivência anual», assume Amílcar Salvador. No entanto, o seu cancelamento não terá tido efeito na afluência de turistas e emigrantes ao concelho. Quem o diz é o presidente da Câmara: «Muita gente tem passado por cá nesta altura do ano, dormindo nos nossos hotéis e alojamentos locais, comendo nos nossos restaurantes, desfrutado das nossas esplanadas e, na medida do possível, da beleza do nosso concelho, o que ajudará a minorar as consequências económicas do cancelamento da feira», acredita Amílcar Salvador.
De resto, a autarquia e a Associação Empresarial do Nordeste da Beira (AENEBEIRA) vão começar a trabalhar na edição de 2022, mas até lá ainda haverá Feira da Castanha e a tradicional Feira do Fumeiro para «dinamizar a nossa economia e ajudar a promover as nossas empresas e produtos», sublinha o autarca trancosense.

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Efigénia Marques

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