Nenhuma decisão sobre o encerramento de maternidades será tomada até ao fim deste ano, garante o ministro da Saúde. Em entrevista à RTP, ontem à noite, Manuel Pizarro sublinhou que o Governo irá fazer uma «avaliação criteriosa» ao estudo preliminar do grupo de peritos que propõe «muitas medidas entre as quais, o eventual fecho de maternidades».

A Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia, Obstetrícia e Bloco de Partos recomenda o fecho de Urgências Obstétricas e de blocos de partos em vários pontos do país por causa da falta de especialistas, mas salvaguarda que a distância entre maternidades será um critério a ter em conta. Na terça-feira, o jornal “Expresso” dava conta que foi proposto o encerramento das urgências de Obstetrícia dos hospitais de Castelo Branco e da Covilhã, na região Centro; e de Vila Franca de Xira e do Barreiro, na Área Metropolitana de Lisboa. Na região Norte terá sido proposto o fecho daquele serviço em Famalicão e Póvoa de Varzim. Contudo, a RTP e jornal “Correio da Manhã” noticiaram ter sido sugerido o encerramento das urgências de obstetrícia da Guarda e Castelo Branco. O Ministério da Saúde ainda não se pronunciou sobre o assunto.

«Não lhe posso responder se vão ou não encerrar, vamos fazer uma avaliação. Nunca (fechar) nos próximos meses, seguramente que não até final do ano», afirmou o governante em entrevista à RTP, sublinhando estar empenhado em garantir que o sistema público de maternidades «funciona». E acrescentou que a «decisão do encerramento de maternidades, por exemplo», vai ser da direção executiva do Serviço Nacional de Saúde (SNS).