Sociedade

Medidas de apoio à recuperação da Serra da Estrela vão ser antecipadas

Abrunhosa
Escrito por Efigénia Marques

Compromisso foi assumido por Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, na Covilhã no final da primeira reunião do grupo de trabalho que vai contribuir para a elaboração do
Plano de Revitalização

O Governo vai antecipar a abertura de medidas de apoio ao investimento empresarial dedicadas ao território da Serra da Estrela, num valor global de 50 milhões de euros, anunciou a ministra da Coesão Territorial na sexta-feira.
Estas medidas enquadram-se no pacote de apoios que o Governo prometeu canalizar para este território, na sequência do grande incêndio de agosto, sendo que os avisos dedicados à competitividade vão avançar «o mais cedo possível» e antes mesmo do Plano de Revitalização da Serra da Estrela, acrescentou Ana Abrunhosa no final da primeira reunião, realizada na Covilhã, do grupo de trabalho alargado para a elaboração desse documento, que deverá estar feito até junho de 2023. «O ideal era que, antes de concluirmos o programa, essas medidas já estivessem abertas para devolver esperança ao território», afirmou. As medidas de competitividade já estavam previstas, mas dada a importância que podem ter para o território os avisos vão ser abertos antes que o programa esteja concluído.
A governante destacou que, a estes 50 milhões de euros, acrescem ainda as medidas de apoio que já estão no terreno para fazer face aos prejuízos diretos e às respostas de emergência, bem como o valor que será depois canalizado para concretizar o Plano de Revitalização. Estes avisos serão financiados pelo Portugal 2030, através do programa regional que deve arrancar no primeiro trimestre do ano, e vão abranger o território da Comunidade das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE). Ana Abrunhosa adiantou ainda que as medidas vão abarcar o apoio a projetos empresariais e de criação de emprego, bem como a projetos entre empresas e centros de conhecimento. Estas medidas podem depois ser replicadas no Programa de Revitalização, que está a ser trabalhado em simultâneo, acrescentou a ministra.
Na sexta-feira foi definido o grupo de trabalho mais restrito que vai fazer o levantamento dos projetos a incluir nesse plano. A estrutura será coordenada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) e envolverá entidades como a Universidade da Beira Interior, o Instituto Politécnico da Guarda, laboratórios colaborativos ligados à floresta, o Instituto de Conservação da Natureza e Florestas e a CIMBSE. A sua missão é identificar e apresentar já uma primeira proposta para os projetos a incluir em fevereiro de 2023, para que possam ser depois delineados e programados em eixos de ação e em conjunto com cada ministério envolvido.

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Efigénia Marques

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