Sociedade

Mais de uma centena de professores concentraram-se junto à Câmara da Guarda

Escrito por José Daniel

Na segunda-feira, ao final da tarde, mais de uma centena de professores concentraram-se junto à Câmara Municipal da Guarda numa manifestação, organizada pelo sindicato STOP, com cartazes com recados como “Sr. Ministro serviços mínimos!! É correto para os alunos?”.

Em declarações a O INTERIOR, Carlos Santos, professor do 2º Ciclo, adiantou que se concentraram para «fazer ouvir a nossa voz» e «estamos a pedir que nos seja contabilizado o tempo de serviço, os tais nove anos, quatro meses e dois dias que tivemos a trabalhar, não estivemos em turismo, e foi um tempo muito rude e duro para as famílias». Para o docente, o Governo dizer que «este tempo não contou para nada» é uma «falta de sensibilidade e de respeito». Carlos Santos lembrou ainda que o corpo docente está com «muitas» baixas médicas, pois há cerca de 12 mil atestados médicos prolongados «e as pessoas estão a trabalhar doentes, o que é muito grave». «Cerca de 50 por cento dos professores têm 50 anos ou mais, é um corpo docente envelhecido, cansado, desgastado e isso reflete-se também na qualidade de ensino», defendeu o docente, que garante que os professores dão o seu melhor apesar de estarem «a ficar esgotados com a idade e com o tipo de trabalho com que estão a ser sobrecarregados». Esta foi mais uma acção, no seguimento de outras que os sindicatos dos professores têm desenvolvido ao longo das três semanas de greve em defesa da contagem do tempo de serviço “congelado” para efeitos de progressão da carreira.

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José Daniel

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