Sociedade

Mais de 300 vagas por ocupar no ensino superior da região

Dados revelam que redução de vagas em Lisboa e Porto não beneficiou UBI e IPG

Conhecidos os resultados da terceira fase de acesso ao ensino superior, divulgados na passada sexta-feira, os números continuam a não ser animadores para o Instituto Politécnico da Guarda. Do total de 699 vagas disponibilizadas para este ano letivo, estão ainda por ocupar 221 vagas, sendo que nesta última fase do concurso nacional apenas foram colocados no politécnico guardense 23 novos alunos.
Contrariamente ao que aconteceu em anos anteriores, o IPG não conseguiu que nenhum dos cursos ficasse com todas as vagas preenchidas, sendo o curso de Deposto com mais vagas sobrantes, 17. Nos cursos de Educação Básica, Design de Equipamento, Engenharia Civil, Turismo e Lazer, Restauração e Catering – que em outros anos ficava lotado logo na primeira fase – sobraram 15 vagas, em Comunicação Multimédia, Contabilidade, Energia e Ambiente, Gestão Hoteleira, restaram 14, Animação Sociocultural, Engenharia Informática e Farmácia ficou com13 vagas desertas, Comunicação e Relações Públicas 11, Gestão e Gestão de Recursos Humanos sobram oito, Marketing com quatro, Enfermagem sobraram duas e em Serviço Social em regime pós-laboral ficou uma vaga por preencher.
Já no caso da Universidade da Beira Interior a terceira fase trouxe 49 novos alunos, sendo que restam ainda 90 vagas das 1.307 vagas atribuídas à instituição para este ano letivo. Dos 30 cursos apenas 12 estão totalmente preenchidos, sendo que as vagas se redistribuem da seguinte forma: Optometria e Ciências da Visão (10), Arquitetura, Ciências Biomédicas e Engenharia Civil, Química Industrial (9), Informática Web (8), Engenharia Eletromecânica (7), Engenharia Eletrotécnica e de Computadores (6). Bioquímica (5), Sociologia, Bioengenharia, Estudos Portugueses e Espanhóis (3), Gestão, Design de Moda (2) e Design Industrial (2), Ciências da Cultura, Economia e Engenharia e Gestão Industrial (1).
Segundo a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES), apesar da redução de cinco por cento das vagas das instituições de ensino superior de Lisboa e Porto, apenas 10 (universidades do Minho, Trás-os-Montes e Alto Douro, Madeira, Algarve, Évora e Coimbra, politécnicos de Tomar e Coimbra e Escola Náutica Infante D. Henrique) beneficiaram desta medida. As restantes, incluindo a UBI e o IPG perderam alunos. Foi sobretudo nos institutos politécnicos que a medida não surtiu efeito, no caso da Guarda houve menos 105 colocados no concurso nacional.
Apesar de esta ser a última fase de acesso ao ensino superior, as vagas sobrantes podem ainda ser ocupadas por alunos que concorrem através de concursos especiais para estudantes internacionais, maiores de 23, bolseiros dos PALOP e também para os Cursos Superiores Técnicos Profissionais. As estimativas apontam que estes concursos façam chegar mais quase 28 mil estudantes que podem ajudar a compor o cenário, não só na região, mas também a nível nacional.

Sobre o autor

Ana Eugénia Inácio

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