Sociedade

Luís Montenegro quer PSD a «falar mais com as pessoas»

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Escrito por Efigénia Marques

No dia em que terminou o prazo para entrega das listas de candidatos às eleições internas do PSD, Luís Montenegro esteve na Guarda para garantir que, se for eleito presidente do partido, será «uma oposição exigente, eficiente e implacável» a António Costa e ao Governo do PS.
O candidato reuniu cerca de centena e meia de apoiantes no café-concerto do TMG, a quem disse que «o partido tem que falar mais para as pessoas» e «explicar melhor» as propostas para voltar às vitórias. Se sair vencedor, pretende «começar desde já» a preparar as legislativas de 2026 e as eleições autárquicas de 2025. Para tal, pretende criar «um movimento» com o objetivo de, nos próximos dois anos, «ouvir os militantes, estruturas partidárias, autarcas e sociedade civil para apresentar um bom programa eleitoral». O antigo líder parlamentar lembrou também que foi com «um Governo do PSD» que Portugal viveu o maior ciclo de crescimento económico do pós-25 de Abril, aludindo às duas maiorias absolutas de Cavaco Silva, de 1985 a 1995, e acrescentou que foi outro Governo do PSD – de Passos Coelho – que «arrumou» as contas públicas. «Somos mais fiáveis nas dificuldades, mas queremos sê-lo também na normalidade», acrescentou Luís Montenegro, que promete «não dar um palmo de descanso a António Costa», sublinhando que o primeiro-ministro «tem andado muito à solta» na política portuguesa.
«António Costa não só não cumpriu a promessa de médicos de famílias para todos os portugueses, como agravou o problema», tendo ainda acusado o Executivo socialista de «insensibilidade social» por não abdicar da margem orçamental de que dispõe para «baixar os impostos indiretos e ajudar as famílias no contexto atual de subida generalidade do custo de vida», acrescentou. Fazer uma «discriminação positiva» dos territórios de baixa densidade e «promover a coesão territorial» são outras das promessas de Luís Montenegro, assim como «adotar políticas que possam remover os obstáculos da natalidade desejada» pelos jovens casais. «Se não houver oportunidades de emprego e os jovens não se fixarem, os serviços públicos vão ter cada vez menos utentes e não serão competitivos», alertou, comprometendo-se a ser «uma das vozes mais fortes» na defesa das políticas da coesão territorial. Às eleições de dia 28 concorre também Jorge Moreira da Silva.

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Efigénia Marques

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