Sociedade

Luís Montenegro leva vantagem sobre Moreira da Silva em apoios no distrito da Guarda

Psd
Escrito por Efigénia Marques

Carlos Condesso, Rui Ventura e maioria das concelhias estão com ex-líder parlamentar, enquanto Fernando Carvalho Rodrigues e Luís Soares são os apoiantes mais visíveis do atual diretor-geral de Desenvolvimento e Cooperação da OCDE

As eleições para a escolha do novo presidente do PSD estão marcadas para dia 28 e, na Guarda, a maioria das concelhias está com Luís Montenegro.
Por cá, o ex-líder da bancada parlamentar tem apoios de peso. A começar por Carlos Condesso, presidente da Distrital social-democrata e autarca de Figueira de Castelo Rodrigo, que é mandatário distrital da candidatura. «Dos dois candidatos, Luís Montenegro é o que reúne melhores condições para liderar o partido neste período bastante longo na oposição e em que precisamos de contrariar as políticas do PS que estão a prejudicar o país e o interior». O dirigente acrescenta que o candidato é também «a pessoa que melhor conhece “as bases” do partido e que tem respeitado os militantes e as estruturas locais, é isso que quero num líder do meu partido».
Isto porque, «ultimamente, o PSD tem andado muito alheado das estruturas locais e da vontade de muitos portugueses», pelo que, até às próximas legislativas, «é preciso começar a trilhar um caminho de esperança e de fazer uma reflexão interna sobre o que não tem corrido bem». No entanto, para Carlos Condesso, «ganhe quem ganhar, é importante que exista união e o reforço do partido para implementar novas ideias. Sei que é essa a intenção dos dois candidatos e que vem aí uma lufada de ar fresco no PSD». Por sua vez, Rui Ventura é o diretor distrital de campanha, depois de ter sido mandatário na anterior candidatura de Luís Montenegro.
O presidente da Câmara de Pinhel assume ter sido «fácil» aceitar o convite porque o candidato «é a pessoa certa para voltar a unir o partido num tempo difícil». «Revejo nele aquilo que é a militância e essência do PPD/PSD», sublinha, acrescentando que o partido precisa de «se reorganizar e acabar com a “caça às bruxas”». Na sua opinião, a estas eleições concorrem «dois bons candidatos, que elevam a fasquia da qualidade», sendo que Luís Montenegro vai fazer «aquilo que Rui Rio não conseguiu, unificar o partido, dando voz a todos os militantes». Segundo Rui Ventura, existe uma «onda» à volta desta candidatura «como há muito não se via».

Luís Soares e Carvalho Rodrigues com Jorge Moreira da Silva

O cientista Fernando Carvalho Rodrigues é o mandatário distrital da candidatura de Jorge Moreira da Silva na Guarda. O professor adiantou a O INTERIOR o argumento que o levou a aceitar o convite. «Falámos do estado em que está o mundo e que era preciso fazer um bocado como faziam os romanos, quando o momento era de grande responsabilidade e mudanças. É que, além do imperador, elegiam dois cônsules, ou seja, no PSD e nos outros partidos temos de pensar com muito cuidado o que aí vem e se só uma pessoa consegue por si só estudar à séria, porque isto não vai lá com estudos de fundações nem de outras coisas assim», adiantou.
Carvalho Rodrigues, há muito radicado em Casal de Cinza (Guarda), considera mesmo que é preciso «fazer alguma antevisão e pôr alguma probabilidade no futuro, e depois juntar as forças de muitas cabeças para levar a bom termo aquilo que vai ser a travessia dos anos 21-25, não só para Portugal, mas para o mundo inteiro». Nesse sentido, Jorge Moreira da Silva «está habituado a pensar com tempo e atuar depois de estudar e ter a antevisão do que vai ser o futuro. Mas não atuar sozinho, atuar também com o pensamento de outros», e dessa forma unir o partido, elogia.
Outro apoiante de Moreira da Silva é Luís Soares, que será diretor de campanha no distrito. O presidente da Distrital da JSD considera que ele é «o presidente social-democrata ideal» porque, «pelo longo currículo e historial em organizações mundiais de tomadas de decisão, ao contrário de outros candidatos, ele está habituado a tomar decisões na hora, no momento e a tomar boas decisões». Na sua opinião, o PSD precisa «de alguém que pense o partido, que tenha ideias, e não de alguém que venha com megafones a tentar mobilizar algo que não se pode mobilizar se estiver fraco. Só conseguimos mobilizar um partido se estiver estruturado», sublinha. E quanto à oposição ao Governo PS «não é fazer oposição só por fazer. Temos de ter cabeça e estrutura e por isso Jorge Moreira da Silva é o melhor candidato», vinca Luís Soares.

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