Sociedade

Júlio Sarmento diz que acusação é «uma fantasia»

Escrito por Jornal O Interior

Contactado por O INTERIOR, Júlio Sarmento, autarca de Trancoso entre 1986 e 2013, afirma que o caso do qual está acusado – da prática de crimes de prevaricação de titular de cargo político, participação económica em negócio e falsificação de documentos – surgiu por «termos feito obras a mais» considerando que o Ministério Público «ficcionou que havia um conluio da minha parte com empreiteiros, é tudo uma fantasia».

O antigo edil trancosense refere que os formalismos relativos a estas obras foram feitos «através das freguesias porque a Câmara não tinha meios de resolver por concurso essas empreitadas, que eram necessárias para aquelas localidades». Júlio Sarmento fala ainda na aquisição de uma faixa de terreno à mãe da sogra para alargamento da estrada municipal que liga Vila Franca das Naves à Póvoa do Concelho: «Tudo isso levou o Ministério Público a concluir, de forma fantasiosa, que houve favorecimento e falta de formalismo legal, o que não aconteceu», justifica. Quanto ao «património incongruente» de cerca de 500 mil euros nas suas contas, o social-democrata garante que «a origem de todas as transferências estão identificadas e proveem das empresas por nós participadas. O MP sabia que somos sócios dessas sociedades».

Júlio Sarmento esclarece ainda que, relativamente às cinco casas arrestadas, «as duas existentes na Guarda foram doadas pela minha sogra, já em Trancoso e no Algarve foram compradas com recurso a empréstimos bancários». Por último, o agora empresário considera que «se o MP tivesse encontrado e identificado origem suspeita relacionada com algum empreiteiro ou prestador de serviço, então estaria acusado de um crime de corrupção, o que não é o caso».

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Jornal O Interior

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