Sociedade

IPG vai formar quadros de São Tomé e Príncipe

Escrito por Jornal O Interior

Protocolo garante ao IPG a realização de formações à medida da administração pública e das organizações privadas daquele país africano

O Instituto Politécnico da Guarda (IPG) vai dar formação a quadros da administração pública e do setor privado de São Tomé e Príncipe, no âmbito de um protocolo celebrado com a Câmara Distrital de Água Grande que vai vigorar durante os próximos três anos letivos, sendo renovável por igual período.
Celebrado na semana passada naquele País Africano de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), este acordo vai criar condições para que o número de estudantes saotomenses aumente na Guarda e possibilitar que professores do IPG se desloquem a São Tomé para «dar formações específicas e desenhadas à medida das necessidades locais». No âmbito de uma visita de três dias, Joaquim Brigas, presidente do Politécnico guardense, reuniu-se também com o Ministério do Ensino Superior, com a ministra do Turismo e com o ministro da Juventude, Desporto e Empreendedorismo para acordar a formação de quadros locais através de ações preparadas por docentes do Instituto. Já o acordo com a Câmara Distrital de Água Grande destina-se também a «facilitar a recolha documental e o encaminhamento de estudantes de São Tomé e Príncipe para aprenderem na Guarda, bem como apoiar o seu alojamento e as suas condições de vida» durante a frequência do IPG.
«Este protocolo tem dois âmbitos que são inovadores: um é que o IPG irá fazer, em São Tomé e Príncipe, formações à medida das necessidades reais e concretas que tanto a administração pública, como as organizações privadas, sentem de qualificar os seus recursos humanos», especifica o presidente do IPG num comunicado. O segundo diz respeito à forma «como o IPG irá acompanhar a frequência de estudos dos jovens santomenses na Guarda, não só apoiando a sua estada, mas também orientando, com profissionais competentes para a tutoria, o seu percurso académico». Por sua vez, o presidente da Câmara Distrital de Água Grande afirmou que serão definidas «as prioridades, tanto para a formação a realizar em Portugal, como para aquela que o IPG irá ministrar em São Tomé». José Maria da Fonseca sublinhou a vontade de envolver «outras instituições locais, como a Universidade de São Tomé e Príncipe», e disse-se «muito satisfeito» com as «soluções alternativas» que o protocolo proporciona para apoiar o aumento de estudantes santomenses no IPG. «Vão permitir aumentar em cerca de 20 por cento o número de estudantes deste distrito que, em média, entram por ano no IPG. Atualmente esse número ronda os 60 estudantes de Água Grande por ano, num total 270 santomenses», acrescentou o responsável.

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