Sociedade

IPG e UBI aumentam procura por parte dos novos estudantes

Escrito por Carina Fernandes

Concluído o concurso de acesso ao ensino superior deste ano, o Instituto Politécnico da Guarda (IPG) e a Universidade da Beira Interior (UBI) tiveram um aumento significativo na procura relativamente ao ano anterior.

O IPG teve uma taxa de ocupação de 79,96 por cento enquanto a UBI ocupou 103,3 por cento dos lugares que tinha disponíveis para o ano letivo de 2020/2021. Comparativamente com o ano anterior, o Politécnico da Guarda conseguiu colocar um total de 822 alunos, tendo atraído no ano passado apenas 460 estudantes. Já a UBI preencheu 1.263 vagas e este ano somou 1.381 novos estudantes. «O balanço é bastante positivo», afirma João Canavilhas, vice-reitor da UBI, constatando que à semelhança dos anos anteriores a universidade tem cada vez mais procura por parte de novos alunos. «Comparativamente com o ano anterior, houve um aumento de cerca de 9 pro cento», sublinha, adiantando que a UBI conseguiu assim atingir «pela primeira vez na sua história mais de 8 mil alunos» matriculados.

Esse número histórico deve-se não só a uma maior procura no concurso de acesso ao ensino superior, mas também a concursos especiais – candidaturas de jovens internacionais – e a políticas de fixação de alunos. Segundo João Canavilhas, nos anos anteriores havia estudantes que não prosseguiam os estudos «por dificuldades económicas e por não haver um total conhecimento dos regulamentos». Este ano a UBI adotou medidas para manter esses mesmos jovens que não renovavam a matrícula e conseguiu «estancar esses alunos», acrescenta o vice-reitor. No que toca à terceira e última fase de acesso do atual ano letivo, a universidade sediada na Covilhã preencheu 39 das 96 vagas que disponibilizou.

IPG com 810 novos estudantes

Por sua vez, o IPG conseguiu a colocação de mais 52 caloiros, que concorreram a uma das 244 vagas disponíveis para a terceira fase. No conjunto das fases de acesso, o Politécnico guardense atraiu 810 novos estudantes, o que representa um aumento de 205 novos alunos em relação ao ano transato.

O IPG termina o concurso nacional com uma taxa de ocupação de 79,96 por cento e um total de 810 novos alunos este ano teve 1.013 vagas. Comparativamente ao número de colocados no ano passado, o Instituto regista um crescimento de 43 por cento, uma vez que em 2019 ingressaram na instituição 460 alunos, e é a terceira instituição de ensino superior no país com maior número de novos estudantes, a seguir aos Politécnicos de Beja e Portalegre. Entre os 16 cursos que não conseguiram preencher os lugares disponibilizados destacam-se Engenharia Informática (18 vagas sobrantes), Engenharia Civil (15), Engenharia Topográfica (15), Mecânica e Informática Industrial (15), Restauração e Catering (15) e Educação Básica (15).

Concluído o concurso nacional de acesso, existem ainda outros mecanismos de ingresso, nomeadamente de estudantes em CTeSP, bem como em diversos concursos especiais e regimes especiais, adaptados ao perfil diversificado dos estudantes que procuram o ensino superior, recorda a Direção-Geral do Ensino Superior (DGES). Para Joaquim Brigas, presidente do IPG, o balanço deste ano letivo é «bastante positivo». Em comunicado, o responsável constata que o Politécnico da Guarda «foi a instituição de ensino superior em Portugal com maior aumento percentual do número de vagas no último ano. Este ano entraram 810 novos estudantes, muito mais do que as vagas que tínhamos disponíveis no ano anterior». Este ano letivo o Politécnico da Guarda esgotou cinco licenciaturas. Para além dos cursos de Enfermagem, Farmácia, Biotecnologia Medicinal e Desporto que tinham esgotado todas as vagas na segunda fase, também a licenciatura em Marketing esgotou as suas vagas nesta 3ª fase de acesso ao ensino superior.

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Carina Fernandes

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