Sociedade

Investigadores dão «passo gigante» para desacelerar efeitos da doença de Parkinson

Ubi
Escrito por Efigénia Marques

Os investigadores da Universidade da Beira Interior (UBI) da empresa biotecnológica NeuroSoV apresentaram os resultados mais recentes da sua investigação, na sessão de encerramento do projeto PDSolve (113214 Centro 2020), que teve lugar na semana passada, no UBIMedical.
Este trabalho constitui «um passo gigante» para o desenvolvimento da pesquisa da doença de Parkinson, patologia degenerativa que atualmente afeta 10 milhões de pessoas em todo o mundo. O objetivo da empresa é acelerar a investigação e o financiamento científico para o tratamento da doença multifatorial. Ana Clara Cristóvão e Dina Pereira são as cofundadoras da NeuroSoV, sediada na incubadora de empreendedorismo e empresas UBIMedical, integrando uma equipa multidisciplinar de que fazem parte José Pereira, João Leitão e Ricardo Gaminha Pacheco. Com um investimento de 600 mil euros foi possível o desenvolvimento de um novo candidato a medicamento para a doença de Parkinson, que consiste «numa enzima que contribui para o mecanismo patológico do stress oxidativo, travando a progressão da doença», adianta a UBI.
A investigação da NeuroSoV prende-se também com «o desenvolvimento de moléculas com potencial terapêutico, responsáveis por oferecer uma maior previsibilidade do tratamento e contribuir para melhores resultados clínicos», lê-se ainda numa nota enviada a O INTERIOR. Para o efeito, está a ser desenvolvido um dispositivo médico com o objetivo de auxiliar os pacientes a administrar a medicação, em parceria com a IhCare, “start-up” que desenvolve soluções inovadoras na área da saúde. Para Mário Raposo, reitor da UBI, o empreendedorismo nas instituições de ensino superior é muito importante: «Falhar é um processo de aprendizagem. As universidades empreendedoras desempenham um papel ativo na partilha e difusão de conhecimento na sociedade, sendo responsáveis pela criação de cidadãos com espírito crítico e criativo», afirma.
Recorde-se que a NeuroSoV foi recentemente selecionada como uma das empresas de base tecnológica, lideradas por mulheres, no âmbito do programa “Women TechEU” do Ecossistema Europeu de Inovação do Horizonte Europa, e que distinguiu 134 empresas, sete das quais portuguesas.

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Efigénia Marques

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