Sociedade

«Há um antes e um depois dos Passadiços do Mondego»

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Escrito por Efigénia Marques

A inauguração dos Passadiços do Mondego aconteceu este domingo na barragem do Caldeirão, numa cerimónia que contou com a presença de Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial.
No seu discurso a governante fez questão de valorizar o investimento feito neste trajeto, considerando tratar-se de um «fator importante» para a coesão territorial e para a economia local. «Os Passadiços são exemplo de aplicação de fundos europeus, que são da coesão e, portanto, prioritariamente para estes territórios, não de mão estendida, mas por direito, porque o objetivo dos fundos europeus é esse mesmo: ajudar a desenvolver estes territórios que chamamos do interior, mas que têm um enorme potencial». A obra que representa um investimento da ordem dos 4 milhões de euros, em parte cofinanciados a 85 por cento por fundos europeus, no âmbito do Centro 2020, «não vai ser só um projeto turístico, vai certamente trazer gente do nosso território, do resto do país e do mundo, e que depois os seus efeitos se multipliquem no resto da economia local, nos hotéis, nos restaurantes», ambicionou Ana Abrunhosa.
A ministra da Coesão Territorial sublinhou ainda que os Passadiços do Mondego, inseridos no Parque Natural da Serra da Estrela, considerado património da UNESCO, «não são só dos guardenses e dos portugueses, são da humanidade e vão receber pessoas de todo o mundo». Sérgio Costa, autarca guardense, partilhou da mesma opinião. «A Guarda está pronta para começar a sua viagem para o sucesso na atração do turismo e da atividade económica a nível nacional e internacional. Esta grande obra vai captar novos públicos, abrindo todo um novo leque de possibilidades de desenvolvimento à nossa Serra da Estrela. Os Passadiços do Mondego serão uma visita obrigatória em todas as épocas do ano, não serão apenas paisagens limitadas pela sazonalidade», vincou o presidente da Câmara.
Na sua opinião, a partir de agora, a Guarda «será finalmente a nova porta de entrada para a Serra da Estrela», estando «a ser finalmente valorizados» o Vale do Mondego e a Serra da Estrela. «Este vale foi já um dos principais motivos de riqueza desta região, com os seus engenhos de fiação, moinhos, pisões e até uma central elétrica, a central do Pateiro. A Guarda vai dar a conhecer a Serra da Estrela como nunca viram», garantiu Sérgio Costa, para quem este é um investimento «fundamental» para o concelho e para a região.
Os Passadiços começam junto à barragem do Caldeirão, estendendo-se depois pelo vale, nos territórios das localidades de Trinta e Vila Soeiro, para terminar em Videmonte. O projeto aproveita cinco quilómetros de caminhos já existentes e integra uma zona de sete quilómetros de travessias, passadiços e três pontes suspensas, onde abundam veredas, açudes, cascatas, levadas e moinhos. Nos primeiros tempos a entrada será gratuita, após esse período o acesso terá um custo de um euro e o agendamento da caminhada terá de ser feito no site https://passadicosdomondego.net/.

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Carina Fernandes 

Sobre o autor

Efigénia Marques

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