A segunda edição do Guarda Wine Fest voltou a conquistar os guardenses e quem visitou a Alameda de Santo André no último fim de semana. Em destaque estiveram os vinhos da Beira Interior e alguns néctares das regiões do Douro e do Dão, num total de 50 produtores, mas também a gastronomia e o jazz.
Durante o evento houve ainda provas comentadas, conversas sobre vinhos e sessões de “showcooking”. Na maioria das opiniões, tanto dos produtores como dos visitantes, o evento voltou a ser um sucesso «com grande importância para a divulgação dos produtores e dos vinhos das regiões que se associaram à iniciativa», favorecendo «negócios futuros». A frase mais ouvida por O INTERIOR foi que «o Guarda Wine Fest é muito importante não apenas para mostrar os vinhos, mas também para fomentar o turismo», com muitos participantes a garantir que vão regressar se a iniciativa continuar no próximo ano.
Na abertura do evento esteve o secretário de Estado do Turismo, que destacou que «o enoturismo, com estes vinhos de excelência, é um produto estratégico do turismo nacional e uma prioridade das políticas do Governo». Nuno Fazenda salientou ainda que «temos dos melhores vinhos do mundo e não há qualquer razão para que não possamos promover o casamento entre o mundo dos vinhos e do turismo e sermos um destino de referência do enoturismo». O governante aproveitou a ocasião para dizer que o enoturismo é «uma aposta» ao nível das políticas do Governo por causa da sustentabilidade, porque «os produtores de vinho são também cuidadores de paisagem», e porque permite turismo ao longo de todo o ano.
Já o presidente da Comissão Vitivinícola Regional da Beira Interior (CVRBI) afirmou que «em boa hora decidimos fazer aqui um evento que fosse agregador e diferenciador porque neste setor temos de trabalhar em rede para conseguirmos mais visibilidade e atratividade». Rodolfo Queirós acrescentou que o vinho «é muito mais que uma bebida, é um símbolo da nossa identidade cultural e turismo, não é apenas sol e praia. O vinho, através do enoturismo contribui para o desenvolvimento das regiões que estão mais longe do litoral». O responsável sublinhou ainda a importância do mercado espanhol, que «tem mais poder de compra do que nós e por isso pode contribuir para uma parte importante da economia da nossa região».
Os autarcas também foram elogiados pelo presidente da CVRBI, uma vez que muitos municípios da região já fazem parte da Rota dos Vinhos da Beira Interior e «são os verdadeiros “donos do território”. Sabem que têm na CVRBI um parceiro disposto a ajudar no que for possível» para promover os territórios. É também essa a opinião do presidente da Câmara da Guarda, para quem «o enorme sucesso do Guarda Wine Fest mostrou que estávamos certos ao realizar na Guarda um evento ligado ao vinho, reforçando a solidariedade regional e amplificando a promoção dos vinhos da Beira Interior a um patamar superior». Sérgio Costa disse mesmo o evento é «a prova de que é possível inovar e estabelecer novas formas de parceria para que a promoção do território e dos seus produtos endógenos seja cada vez mais assertiva e alcance objetivos comuns e mais ambiciosos». Além disso, o Guarda Wine Fest «não é apenas mais um evento, é uma marca consolidada que confere através do vinho notoriedade e relevância aos nossos territórios», considerou o autarca da cidade mais alta.
Carlos Gomes