O XIII Congresso Nacional de Queimados realizou-se na Guarda no passado fim-de-semana para falar de “Queimaduras: primeiros cuidados”. O evento reuniu mais de uma centena de especialistas e profissionais de saúde de todo o país no auditório da Associação Empresarial da Região da Guarda (NERGA) entre sexta e domingo.
O presidente da Associação Amigos dos Queimados, Celso Cruzeiro, afirmou a O INTERIOR que «é a maior reunião que se faz em Portugal sobre queimados e o tratamento desta patologia», em que participam médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, psicólogos, entre outros. O responsável acrescentou que «todas as profissões, de alguma forma, estão envolvidas no tratamento de doentes queimados». Este ano o Congresso de Queimados realizou-se na cidade mais alta porque a organização quis «dar enfoque especial» ao tratamento dos doentes queimados na fase inicial da patologia. «As primeiras oito horas, normalmente, são passadas nos territórios periféricos, antes sequer de chegar às unidades de centros de saúde ou hospitais», pelo que a informação quanto aos primeiros cuidados a ter «é importante», sublinha Celso Cruzeiro.
Segundo o presidente da Associação Amigos dos Queimados, se for uma queimadura grande, «a primeira coisa a fazer é estabilizar o doente». Em relação à queimadura o fundamental é «lavar com água fria, que é a coisa mais fácil de encontrar em qualquer lado». Celso Cruzeiro recorda que há quem coloque «pasta de dentes, batatas, cremes», ou seja, escolhem «coisas bem mais complicadas, sendo que quando há uma queimadura a melhor coisa a fazer é arrefecer a ferida com água». Já em queimaduras muito graves, em que o utente tem «60 por cento das superfícies queimadas, por exemplo, não se podem arrefecer as feridas por completo porque também estamos a arrefecer o doente. Para esses casos há outros cuidados, como embrulhar a ferida com um pano limpo e ir ao hospital», explica o dirigente.
