Sociedade

Guarda mantém maior índice de poder de compra da região

Escrito por Luís Martins

Com 96,20 pontos, município está acima da média da região Centro, que é de 88,30, e a 3,8 pontos da média nacional (100). Indicador da Covilhã situa-se nos 85,6 pontos. Sem surpresas, o Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio de 2017 do INE mostra que os 17 concelhos do distrito da Guarda e Cova da Beira continuam abaixo da média nacional.

A Guarda continua a ser, de longe, o município com o maior índice de poder de compra per capita da região, de acordo com os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgados na semana passada. Com 96,20 pontos, a Guarda está acima da média da região Centro, que é de 88,30, e a 3,8 pontos da média nacional (100).
A cidade mais alta lidera este indicador desde 1993 na região, mas tem vindo gradualmente a perder pontos. Em 2013, o índice de poder de compra per capita da Guarda era de 97,9 e ficou-se pelos 96,20 em 2017, a análise mais recente do INE. Sem surpresas (ver quadro), o Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio de 2017 mostra também que os 17 concelhos do distrito da Guarda e Cova da Beira continuam abaixo da média nacional. Depois da Guarda, o único município da região acima dos 95 pontos, surgem a Covilhã com 86,56, Fundão (77,94) e Seia (76,15), na prática os quatro concelhos mais dinâmicos das Beiras e Serra da Estrela. O município de Almeida (74,22) ocupa o quinto lugar desta classificação regional, enquanto Belmonte permanece acima da barreira dos 70 pontos, com 71,27. O índice de poder de compra dos restantes onze municípios situa-se entre os 68,01 de Vila Nova de Foz Côa e os 58,81 de Fornos de Algodres.
Os dados do INE confirmam uma quebra generalizada deste indicador em todos os municípios da região, sendo que o índice médio dos quinze concelhos que formam a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) é de 78,49 – Aguiar da Beira pertence à CIM Viseu Dão Lafões (80,04) e Foz Côa a CIM do Douro (76,12). A média do continente fica-se pelos 100,67 e a da região Centro pelos 88,30. Em 2017, apenas 22 dos 308 municípios portugueses, localizados sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, concentravam metade do poder de compra per capita nacional. De acordo com os dados do INE, «no conjunto, as duas áreas metropolitanas concentravam mais de metade (52 por cento) do poder de compra, apesar de reunirem 44 por cento da população do país». Lisboa destacava-se no contexto nacional ao nível municipal, representando 11 por cento do poder de compra total.
Além da capital, concentravam individualmente mais de 1 por cento do poder de compra nacional os municípios de Sintra, Oeiras, Cascais, Loures, Almada, Amadora, Seixal, Odivelas, Vila Franca de Xira e Setúbal e de Porto, Vila Nova de Gaia, Matosinhos, Maia, Gondomar e Santa Maria da Feira. Também integravam este conjunto os municípios capitais de distrito de Braga, de Coimbra e de Leiria, o do Funchal (Madeira), de Guimarães e de Vila Nova de Famalicão (ambos na sub-região do Ave). No lado oposto da tabela, encontravam-se os municípios do Corvo e das Lajes das Flores (Açores), Barrancos (Baixo Alentejo) e Porto Moniz (Madeira), detendo individualmente menos de 0,015% do poder de compra nacional.
A 13ª edição do Estudo sobre o Poder de Compra Concelhio, relativo a 2017 (EPCC 2017), tem como objetivo prestar informação ao nível do município que traduza o poder de compra manifestado nestes espaços geográficos.

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Luís Martins

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