Sociedade

Governo vai anunciar esta semana mais medidas especiais de combate à Covid-19

Escrito por Luís Martins

O Governo poderá voltar a decretar medidas especiais já esta semana para combater o aumento diário de casos de Covid-19. A informação é avançada esta terça-feira pelo jornal “Público”, que cita o executivo no objetivo destas decisões: dar «confiança e previsibilidade aos cidadãos», apostando em medidas graduais e proporcionais, e evitando exagerar nas imposições, de forma a que não haja reações de revolta e de rejeição por parte da população.

Para conseguir isto, o Governo de António Costa quer aplicar uma «plasticidade de medidas»: mudanças «cirúrgicas» que possam ser cumpridas por sectores da economia, da sociedade ou por regiões. No caso das regiões, o executivo rejeita voltar a adotar cercas sanitárias (como em Ovar, em março), e vai resistindo à divulgação de mapas de risco com a sinalização de áreas geográficas por meio de cores, do tipo semáforos, como é usado noutros países.

«Não se deve usar cores em relação a doenças, é estigmatizante para as pessoas», justificou um responsável governativo ao “Público”. Uma coisa é certa: o recolhimento obrigatório só será possível se o país voltar ao estado de emergência, dado que a atual situação de calamidade apenas permite, no entender do Governo, adotar medidas de confinamento mitigado, como o «dever de permanência no domicílio», aconselhado a nível regional em Paços de Ferreira, Felgueiras e Lousada – e que pode inclusive ser aplicada apenas em bairros específicos, uma solução «mais trabalhosa, mas mais eficaz», considera o Governo.

Quanto à saúde propriamente dita, a estratégia passa por montar hospitais de campanha junto a hospitais civis e, além do reforço direto do SNS, estão a ser ativadas estruturas distritais de acolhimento, as chamadas “Zonas de Concentração e Acolhimento da População”, para acolher pessoas que já não estão infetadas ou estão hospitalizadas, mas não podem regressar a sua casa ou aos lares onde vivem, nomeadamente idosos, detalha o “Público”.

Por outro lado, o Governo ainda está a finalizar o Plano de Saúde para o Outono e Inverno, documento que recebeu contributos do Conselho Nacional de Saúde, do Conselho Económico e Social e das ordens profissionais do sector da saúde.

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Luís Martins

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