As ações de sensibilização para a limpeza de terrenos levadas a cabo na região pelos militares da Guarda Nacional Republicana têm surtido efeito entre a população.
Até ao final de abril, a GNR da Guarda sinalizou «282 situações que podem estar em infração ainda neste momento», mas em comparação com os anos anteriores há «uma diminuição significativa», revela o capitão Óscar Capelo, do Comando Territorial da GNR da Guarda. No ano passado, nesta altura, a GNR já tinha sinalizado «312 situações em infração e, em 2021, foram registados 582 terrenos sem limpeza», indica o oficial, que disse acreditar que «ninguém é indiferente à problemática dos incêndios e a sensibilização chega às pessoas de diferentes formas – às vezes da maneira que menos esperamos, como através de incêndios junto aos aglomerados onde as pessoas vivem».
Por isso mesmo, o capitão Óscar Capelo garante que «as pessoas estão sensibilizadas para proteger os seus haveres e os dos vizinhos». Os militares da GNR da Guarda vão continuar as ações de sensibilização e fiscalização, mas o chefe da Secção de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) do Comando Territorial lembra que os proprietários ainda podem proceder à limpeza dos terrenos «com precaução». Os edifícios localizados junto a áreas florestais têm de ter «uma faixa de 50 metros limpa ao redor» do edifício. Se falarmos de aglomerados populacionais, «a faixa tem de limpeza deve ter 100 metros». As copas das árvores devem distanciar entre si «no mínimo 4 metros (seja na faixa de 50 metros ou 100 metros). Se falarmos de povoamentos de pinhos ou eucaliptos de ser respeitada a distância de «10 metros entre copas». Árvores e arbustos têm de estar a «mais de 5 metros dos edifícios».