Sociedade

Freguesia mais vulnerável ao frio fica na Covilhã

Escrito por Jornal O Interior

Foto:CMC

A freguesia de Portugal continental mais vulnerável ao frio é Verdelhos, no concelho da Covilhã. Já no que respeita ao calor, a freguesia do Baraçal, em Celorico da Beira, aparece como a terceira mais vulnerável.

A conclusão é de um estudo realizado por investigadores do Cense (Center for Environmental and Sustainability Research) da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa, e divulgado pelo jornal “Público”, que desenvolveram um «índice regional de vulnerabilidade à pobreza energética (IRVPE)». A investigação, levada a cabo por João Pedro Gouveia, Pedro Palma e Sofia Simões, considera aspetos como as regiões climáticas portuguesas, o tipo das habitações e as características físicas dos edifícios (como paredes, chão ou telhados) que permitem combater as condições climatéricas adversas. São também tidos em conta os indicadores socio-económicos (níveis de escolaridade, rendimentos e a presença de idosos ou crianças nas habitações, por exemplo) e o consumo de energia por tipo de uso e região.
O objetivo deste trabalho – que começou a ser desenvolvido há quatro anos – era perceber quais as freguesias em que as populações têm menos condições de se proteger do frio e/ ou do calor, tendo em conta o estado das suas habitações e a capacidade de pagar a energia necessária para aquecer ou arrefecer as suas casas.

Assim, na tabela da vulnerabilidade ao frio, o primeiro lugar é atribuído a Verdelhos (na Covilhã). Em segundo surgem a União de Freguesias de Valtorno e Mourão (Vila Flor, distrito de Bragança) e em terceiro a de Monfortinho e Salvaterra do Extremo (Idanha-a-Nova, Castelo Branco). O quarto e quinto lugares são ocupados pelas Uniões de Freguesias de Parada e Faílde (Bragança) e de Podence e Santa Combinha (Macedo de Cavaleiros, Bragança), respetivamente.

Relativamente ao calor, o risco de pobreza energética é maior em Pessegueiro (na Pampilhosa da Serra, Castelo Branco), seguindo-se a freguesia de Castelo Branco (no concelho de Mogadouro, em Bragança). Em terceiro lugar surge Baraçal (em Celorico da Beira), depois Santa Marinha (Ribeira de Pena, Vila Real) e Vale de Bouro (no município de Celorico de Basto, Braga).

O índice definido, embora não permita identificar quais as pessoas em situação de pobreza energética – já que em Portugal esta situação não é quantificada pelo Governo, o que motivou este estudo – permite sinalizar as freguesias onde o risco de as encontrar é maior. De uma forma geral, as áreas mais preocupantes são o Norte e o Centro do país.

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Jornal O Interior

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