Sociedade

Feira quinzenal muda-se para o Parque Urbano do Rio Diz

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Escrito por Efigénia Marques

Local será provisório até que a Câmara da Guarda encontre «solução definitiva» no vale de São Francisco, disse o presidente do município

A feira quinzenal ao ar livre vai passar a realizar-se na zona dos estacionamentos do Parque Urbano do Rio Diz, na Guarda Gare, a partir de 4 de outubro, por altura da feira anual de São Francisco.
A mudança foi aprovada, por maioria, na reunião quinzenal do executivo realizada na segunda-feira, onde o presidente da Câmara disse que a decisão «vem de encontro à vontade da esmagadora maioria dos feirantes», na sequência do inquérito que a autarquia promoveu aquando da Feira de São João. Na altura, 92 por cento manifestou-se a favor desta alteração, adiantou Sérgio Costa, que considera que o espaço «tem todas as condições de segurança, higiene e mobilidade». Trata-se de uma «alteração provisória» até que se encontre uma «solução definitiva, no vale de São Francisco, tal como dissemos no programa eleitoral do movimento “Pela Guarda”, mas tudo isto leva alguns anos porque é preciso elaborar um Plano de Pormenor», acrescentou.
O vereador do PSD, Victor Amaral, – Chaves Monteiro não participou na reunião por estar de férias – concordou com a mudança, sublinhando que «se os feirantes estão contentes e querem a feira naquele espaço, é importante que se tome esta decisão no presente». No entanto, o eleito da oposição sugere que o município deve pensar num «investimento para o futuro» para que o parque de estacionamento do parque urbano «não fique para sempre como espaço para as feiras». A socialista Adelaide Campos, que substituiu Luís Couto na reunião, votou contra a proposta, argumentando que a Câmara precisa de uma «visão estratégica de todo o seu espaço e de um plano de futuro a todos os níveis».
Na sua opinião, a mudança de local da feira quinzenal – que funciona atualmente na encosta da Quinta do Ferrinho, não pode acontecer de forma continuada. «Não podemos ter a feira no local habitual, amanhã mudá-la para o Polis e depois para outro sítio qualquer», criticou a vereadora. Adelaide Campos considerou ainda que a Guarda não deve ser gerida através de «pensos rápidos ou ideias avulsas» e recordou a promessa feita pelo “PG” na campanha eleitoral, constatando que decorreu praticamente um ano de mandato e «já houve tempo de pensar e amadurecer uma solução definitiva para a feira ao ar livre».

Abertura dos Passadiços do Mondego novamente adiada

Há uma nova prorrogação de prazo na conclusão dos Passadiços do Mondego. São mais 40 dias para permitir a conclusão dos trabalhos finais do empreendimento, o que pode comprometer a promessa do presidente da Câmara de abertura durante este Verão.
No final da reunião da passada segunda-feira, Sérgio Costa disse aos jornalistas que a decisão tem a ver «única e exclusivamente» com o risco de incêndio, já que durante várias semanas «não pode haver trabalhos, nomeadamente ao nível da limpeza com meios mecânicos». Apesar disso, o autarca mantém o otimismo e espera que «existam condições para fazer a abertura dos Passadiços até final do Verão, mas vamos ver se o tempo ajuda». Confrontada com esta prorrogação dos trabalhos, Adelaide Campos (PS) foi taxativa: «Até se pode dizer que esta medida tem a ver com o tempo dos fogos, em que não se podem realizar trabalhos por estarem proibidos, mas já vamos com três anos de construção e o prazo de conclusão era de cerca de um ano»., lembrou a vereadora. Para a socialista, «apesar da autarquia não ter um acréscimo de custos, os cidadãos da Guarda têm um decréscimo de qualidade porque estão à espera da abertura dos Passadiços há muitos meses», sublinhando ainda que os atrasos nas obras são «uma coisa muito típica da Guarda».

Câmara compra edifício da antiga fábrica “Confama” em Famalicão

A Câmara da Guarda vai adquirir por 70 mil euros as instalações da antiga fábrica de confeções “Confama”, em Famalicão da Serra, para ajudar a instalar microempresas.
Sérgio Costa considera que esta decisão «vem de encontro ao programa eleitoral» e que, em conjunto com a Junta de Freguesia e outros agentes locais «vamos tentar colocar ali pequenas empresas das mais diversas atividades». O presidente do município salientou aos jornalistas que «se a Câmara tivesse que construir instalações de raiz ficaria muito mais caro». A autarquia procedeu à licitação e espera agora pela validação do processo para que, no futuro, possa surgir naquele local «um pequeno polo empresarial».

Habitação social na Guarda será financiada a 100% pelo PRR através do IHRU

Na reunião do executivo desta semana a vereadora do PS Adelaide Campos fez questão de esclarecer que não será a Câmara a investir na aquisição de vários edifícios da Santa Casa da Misericórdia, assim como na reabilitação do Bairro da Fraternidade, num valor global de 6,7 milhões de euros.
«Ao contrário do que tem vindo a passar para a opinião pública, o município não irá despender qualquer verba» porque se trata de «candidaturas a fundo perdido no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana», garantiu a eleita da oposição. Adelaide Campos disse ainda que a autarquia vai fornecer «um estudo/projeto, mas quem vai financiar a cem por cento será o IHRU».

 

Carlos Gomes

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Efigénia Marques

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