Sociedade

Extensão da Linha do Douro até Barca d’Alva depende da disponibilidade financeira

Barca D'alva
Escrito por Efigénia Marques

Afirmação é do ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a propósito da reabertura do troço entre o Pocinho e a fronteira com Espanha

O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, afirma que a ambição em relação ao aumento da rede ferroviária é superior à disponibilidade financeira, numa alusão à extensão da Linha do Douro até Barca d’Alva e à fronteira com Espanha.
«A nossa ambição em relação à extensão da rede ferroviária é superior à disponibilidade financeira e, por isso, à medida que o país for tendo disponibilidade financeira, nós vamos poder avançar», admitiu aos jornalistas o governante esta terça-feira, em Baião. «Neste momento, o que está previsto e para o qual há financiamento é até ao Pocinho», acrescentou Pedro Nuno Santos, quando questionado sobre a extensão da linha ferroviária do Douro até à fronteira com Espanha, através da ligação a Barca d’Alva, no concelho de Figueira de Castelo Rodrigo.
No entanto, o governante afirmou que «deve ser uma ambição nacional» que a linha se prolongue até Barca d’Alva, para que se possa «beneficiar, potenciar e explorar o rio Douro através da ferrovia», que considerou ser uma «experiência única» e «muito importante para toda a região». Em maio foi formalizado o grupo de trabalho que vai estudar e definir o modelo de reabertura do troço da Linha do Douro, entre o Pocinho e Barca d’Alva, devendo apresentar as conclusões em 14 meses. Este grupo vai estudar e delinear o modelo de reabertura do troço ferroviário de 28 quilómetros que foi encerrado em 1988, é coordenado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), e junta ainda dois autarcas, em representação da Comunidade Intermunicipal do Douro e elementos da Infraestruturas de Portugal (IP).
A Comunidade Intermunicipal do Douro (CIM Douro) considera prioritária esta obra, que pretende ver concretizada com a ajuda do novo quadro comunitário de apoio, o Portugal 2030, ou do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR). «Continuamos muito vincados na ampliação da Linha Ferroviária do Douro até Barca d’ Alva, é esta a nossa ambição, temos este compromisso que está em curso no estudo que está a ser feito na comissão de trabalho», salientou Carlos Silva Santiago, presidente reeleito deste órgão supramunicipal. Fazem parte da CIM Douro os municípios de Alijó, Armamar, Carrazeda de Ansiães, Freixo de Espada à Cinta, Lamego, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Moimenta da Beira, Penedono, São João da Pesqueira, Sernancelhe, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Tabuaço, Tarouca, Torre de Moncorvo, Vila Nova de Foz Côa e Vila Real.

Sobre o autor

Efigénia Marques

Leave a Reply