A Unidade Local de Saúde (ULS) da Guarda deve garantir a operacionalidade da Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER), pede a Entidade Reguladora da Saúde (ERS) na sequência da morte de um turista em Manteigas.
Divulgada esta quinta-feira, a deliberação foi aprovada a 1 de fevereiro e instrui a ULS para «garantir em permanência, a operacionalidade da VMER adstrita ao Serviço de Urgência Médico-Cirúrgica do Hospital Sousa Martins» e para «adotar procedimentos e/ou normas internas aptas a garantir» o funcionamento da viatura.
A decisão sugere ainda que a unidade hospitalar guardense garanta que «os procedimentos e normas são do conhecimento dos seus profissionais, logrando assim a divulgação de padrões de qualidade dos cuidados, de recomendações e de boas práticas, com vista à formação e informação dos profissionais de saúde intervenientes».
O caso que deu origem a esta deliberação aconteceu a 2 de outubro de 2023, quando um turista inglês faleceu após uma indisposição quando fazia um trilho pedestre no concelho de Manteigas, numa altura em que a VMER da Guarda estava inoperacional por falta de equipa médica.
Chamados ao local, os bombeiros locais ainda efetuaram manobras de Suporte Básico de Vida, com o apoio de DAE (Desfibrilhador Automático Externo), mas sem sucesso, uma vez que que a vítima já chegou cadáver às Urgências do Hospital Sousa Martins, na Guarda. Por considerar que houve «uma violação das regras estabelecidas» entre a ULS da Guarda e o Ministério da Saúde, que se destinam «a garantir e conformar o acesso dos utentes aos cuidados de saúde», a ERS decidiu também avançar com um processo contraordenacional, tendo a deliberação sido encaminhada para conhecimento do Ministério Público e do Ministério da Saúde.
