«Portugal encontra-se claramente na zona vermelha da nossa matriz», pelo que «não existem condições para avançar no desconfinamento», disse a ministra da Presidência esta quinta-feira, no final do Conselho de Ministros.
Mariana Vieira da Silva adiantou que atualmente a incidência no país é de 129.6 por cento e o R(t) de 1,18, uma situação que classificou de «complexa» pois houve um crescimento de casos de 34 por cento e um aumento de internamentos de 30 por cento, registando-se uma subida de 26 por cento nos cuidados intensivos.
«É evidente que do ponto de vista da utilização do Serviço Nacional de Saúde estamos longe das linhas vermelhas definidas», declarou, sublinhando, no entanto, o aumento da incidência e pessoas a precisar de cuidados hospitalares.
Esta quinta-feira o Governo decidiu manter a proibição de circulação para dentro ou para fora da Área Metropolitana de Lisboa, criando uma exceção com teste negativo ou certificado digital. Em termos concelhios, Águeda e a Sertã recuperaram, enquanto Alenquer, Avis, Castelo de Vide, Castro Daire, Chamusca, Constância, Faro, Lagoa, Mira, Olhão, Paredes de Coura, Portimão, Porto, Rio Maior, Santarém, São Brás de Alportel, Silves, Sousel e Torres Vedras estão em alerta.
Há ainda 25 concelhos com níveis elevados de risco: Alcochete, Almada, Amadora, Arruda dos Vinhos, Barreiro, Braga, Cascais, Grândola, Lagos, Loulé, Loures, Mafra, Moita, Montijo, Odemira, Odivelas, Oeiras, Palmela, Sardoal, Seixal, Setúbal, Sines, Sintra, Sobral de Monte Agraço e Vila Franca de Xira.
Mariana Viera da Silva recusou falar em «descontrolo total da pandemia», dizendo que o que há é uma «necessidade de responder cedo a um crescimento» das infeções. «Precisamos de dar tempo para que a vacinação chegue a todos», acrescentou, assegurando que à medida que as vacinas chegam, elas são administradas. «Este não é um momento em que não tenhamos um horizonte de melhoria», alertou.