Sociedade

Contrato de arrendamento do Hotel Turismo aprovado

Dsc 0017
Escrito por Efigénia Marques

Está decidido o futuro do Hotel Turismo da Guarda. A revelação foi feita pela secretária de Estado do Turismo na semana passada na Assembleia da República. Rita Marques anunciou ter sido já aprovado um contrato de arrendamento apresentado por um conhecido operador turístico nacional.
Interpelada no Parlamento pelo deputado guardense do PS António Monteirinho, durante o debate na especialidade do próximo Orçamento de Estado, a governante revelou o acordo mas não adiantou muitos pormenores.
«Já foi aprovada pelo conselho diretivo do Turismo de Portugal uma proposta para poder ser celebrado um contrato de arrendamento do Hotel Turismo da Guarda com um operador económico, que todos conhecemos», desvendou. Segundo Rita Marques, a proposta ratificada estará agora a ser avaliada pelos ministérios das Finanças e da Cultura para ter luz verde e culminar na concessão e reabilitação de um edifício emblemático da Guarda.
Para o presidente da Câmara esta é uma boa notícia: «Começamos a ver resultados. O hotel foi finalmente retirado do REVIVE, abrindo assim novas possibilidades de solução. Ao longo do último ano foram vários os empresários que manifestaram interesse quer junto da Câmara, quer junto da tutela governamental. E esperamos estar para breve o desfecho de todo este processo», sublinha Sérgio Costa. O autarca guardense garante que «há apetência do mundo empresarial» para a recuperação do Hotel Turismo e que estará «para breve» o anúncio da sua entrega. «Só não sabemos se será por ajuste direto, ou pela abertura de mais alguma consulta prévia ao mercado, o que importa é que no mais curto espaço de tempo se possa tomar essa decisão», acrescenta.
Sérgio Costa reitera que o imóvel vai permanecer como unidade hoteleira porque «fazem falta camas na Guarda». O Hotel Turismo foi recentemente retirado do Programa REVIVE por falta de interessados e para permitir encontrar soluções alternativas. O imóvel foi dos primeiros a integrar o REVIVE, em abril de 2017, mas a concessão da sua gestão e reabilitação foi um fracasso. Projetado por Vasco Regaleira na década de 30 do século passado e inaugurado em 1947, o hotel, que foi a primeira unidade hoteleira da cidade, está devoluto desde 2012. O edifício foi vendido em 2010, pela Câmara, então liderada pelo autarca socialista Joaquim Valente, ao Turismo de Portugal, por 3 milhões e meio de euros, para reabrir como hotel de charme e escola de hotelaria, mas o projeto nunca saiu do papel.

Sobre o autor

Efigénia Marques

Leave a Reply