Sociedade

Conclusão dos Passadiços do Mondego adiada para final de agosto

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Escrito por Jornal O INTERIOR

Oposição está preocupada com atrasos nesta obra, Chaves Monteiro garante que trabalhos
estão «a andar bem» para que os Passadiços fiquem prontos «no mais curto espaço de tempo»

A Câmara da Guarda prorrogou até final de agosto deste ano o prazo de execução dos Passadiços do Mondego. A decisão foi aprovada na reunião do executivo da última segunda-feira e foi justificada pelos atrasos decorrentes das paragens forçadas a que empreitada foi sujeita no Verão passado devido ao perigo de incêndio florestal. Houve também necessidade de alterar parte do percurso, assumiu o presidente do município.
«Nesta data, o atraso na obra é de 110 dias», disse o presidente do município aos jornalistas no final da sessão, que voltou a ser presencial. Carlos Chaves Monteiro adiantou ainda que a data de conclusão da obra é agora «entre meados e o final de agosto», mas não esconde que a situação vivida no ano passado pode repetir-se e voltar a adiar a abertura de um projeto «estruturante» para a Guarda. «Os trabalhos estão a andar bem e as equipas estão em capacidade máxima para concluírem, no espaço mais curto de tempo», os Passadiços, garantiu o autarca. Menos otimistas estão os vereadores socialistas e Sérgio Costa. O eleito social-democrata sem pelouros disse ter ficado «preocupado» com os atrasos e lamentou que não tivessem sido recuperados ao logo deste ano.
«Também lamento o facto de ainda não ter sido lançada a empreitada para a construção nas aldeias de Videmonte, Trinta, Vila Soeiro e Chãos dos parques de estacionamento, da pavimentação dos caminhos de acesso, das zonas de repouso e sanitários, bem como da requalificação do miradouro do Mocho Real e do seu acesso, intervenções primordiais para o sucesso dos Passadiços», apontou Sérgio Costa, que também ficou a saber que a obra ainda não tem financiamento comunitário assegurado. Segundo Chaves Monteiro, a candidatura está a ser analisada no âmbito do Património Natural e do Pacto da CIMBSE. «Está bem instruída e temos a convicção que a breve trecho iremos receber uma resposta positiva para apoiar a empreitada em 85 por cento», respondeu o presidente.
O autarca disse também que o Parque Natural da Serra da Estrela (PNSE) não permite pavimentações ou construções de estruturas fixas na sua área, pelo que a autarquia está a estudar o recurso a «sanitários ambulantes com fossas, casa de apoio aos visitantes amovíveis e zonas de estacionamento adaptadas para a colocação de viaturas sem incluírem materiais novos ou a movimentação de terras». De resto, a Câmara já elaborou uma candidatura para adquirir esses equipamentos. Também Cristina Correia e Manuel Simões, do PS, manifestaram a sua preocupação pelos atrasos, tendo recordado que já tinham alertado para a situação. O auto de consignação e o lançamento da primeira pedra dos Passadiços do Mondego ocorreu a 27 de novembro de 2019, Dia da Cidade. O município considera tratar-se de «uma obra estruturante para a valorização do território, numa lógica de desenvolvimento turístico, e que representa um investimento de cerca de três milhões de euros».

Obras avançam no mercado de São Miguel e na PLIE

Na segunda-feira, o executivo deliberou por unanimidade adjudicar à Biosfera a requalificação do mercado municipal de São Miguel, na Guarda-Gare), por 339 mil euros (mais IVA), e da terceira fase da ampliação da Plataforma Logística, por 855 mil euros (mais IVA). «São duas obras importantes para a Guarda e vão colmatar necessidades fundamentais, quer do ponto de vista empresarial, no âmbito da Plataforma Logística, quer no âmbito da dinamização dos produtores locais, naquilo que diz respeito ao mercado de São Miguel», referiu o autarca.
A Câmara deliberou ainda colocar em hasta pública a exploração do bar “O Lago”, no Parque Urbano do Rio Diz, por um valor base de licitação de 300 euros de renda mensal. Também os quiosques situados na Rua Batalha Reis, Largo São João de Deus e Avenida de São Miguel vão a hasta pública por um valor mínimo de licitação de 50, 100 e 80 euros, respetivamente. «Houve várias empresas que mostraram interesse em desenvolverem ali atividades comerciais ligadas ao ramo alimentar e de bebidas», disse Chaves Monteiro. No entanto, Cristina Correia (PS) sugeriu que espaço da Avenida de São Miguel fosse transformado em biblioteca infantil.
A Câmara aprovou ainda um apoio de 250 euros para os bairros da cidade que vão participar no concurso da “Boneca de Cristal”. O vencedor arrecadará 1.000 euros, sendo que este ano os santos populares voltarão a ser comemorados online.

Novo concurso para requalificar escola de São Miguel

A Câmara da Guarda vai lançar um novo concurso público para a requalificação co Centro Escolar de São Miguel porque o primeiro procedimento ficou deserto.
«Não apareceu nenhum concorrente dado o valor baixo do preço base, que era de 1,5 milhões de euros», afirmou Chaves Monteiro, pelo que o próximo concurso terá um valor base de 2,3 milhões de euros. «Queremos requalificar esta escola, que poderá ser muito mais adequada à educação dos mais novos», acrescentou o edil. Neste ponto, Sérgio Costa (PSD) destacou o aumento de «64 por cento do preço base», o que classificou de «erro demasiado grosseiro, por não haver justificação técnica, apenas o facto de não terem sido apresentadas propostas». O vereador lamentou igualmente que não se aproveite esta intervenção para requalificar o pavilhão de São Miguel. Nesta sessão soube-se também que a plataforma logística vai ter uma unidade hoteleira a construir no lote 185.

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