Sociedade

Comando da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro da GNR na Guarda só depois da época de incêndios

Escrito por Jornal O Interior

A UEPS é um organismo de âmbito nacional que vai suceder aos Grupos de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) e vem para a Guarda porque o respetivo decreto-lei determina a sua instalação em regiões de baixa densidade.

Comando de âmbito nacional ficará instalado na antiga sede da Infraestruturas de Portugal, na Avenida Francisco Sá Carneiro

A GNR vai instalar o Comando da Unidade de Emergência Proteção e Socorro (UEPS) na Guarda «depois da época de incêndios» e assim que «estejam criadas as condições necessárias nas infraestruturas disponibilizadas para o efeito». A «intenção» foi confirmada a O INTERIOR pelo chefe da Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR, tenente-coronel Hélder Barros.
O porta-voz da Guarda adianta que além do Comando virão também para a cidade mais alta uma das companhias daquela Unidade e os militares afetos ao Centro de Meios Aéreos da Guarda, «de acordo com as orientações da tutela». A concretização dessa instalação deverá «ocorrer logo que estejam criadas as condições necessárias» no edifício onde funcionou a delegação da Infraestruturas de Portugal, na Avenida Francisco Sá Carneiro, e que acolhe atualmente o IMT – Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres e a Secretaria de Estado da Ação Social, esta última de forma provisória. A UEPS será instalada «depois da época de incêndios, de forma a garantir-se a capacidade de intervenção e a disponibilidade operacional dos militares», adianta a mesma fonte oficial em resposta enviada por email a O INTERIOR. A colocação deste comando de âmbito nacional é uma decisão do Ministério da Administração Interna (MAI) e foi anunciada em julho do ano passado pelo presidente da Câmara da Guarda, que assumiu os encargos com as necessárias obras de requalificação do edifício.
A UEPS é um organismo de âmbito nacional que vai suceder aos Grupos de Intervenção de Proteção e Socorro (GIPS) da GNR e vem para a Guarda porque o respetivo decreto-lei determina a sua instalação em regiões de baixa densidade. O comando desta Unidade é assegurado por um major-general, já em funções, coadjuvado por um segundo comandante com o posto de coronel. «As negociações com o MAI concluíram-se agora, mas já têm mais de um ano», frisou na altura Carlos Chaves Monteiro, adiantando não haver «um prazo» para a instalação deste Comando, que deverá contar «com cerca de 50 elementos na fase inicial e um total de 100 posteriormente, entre oficiais e guardas». O assunto voltou à baila devido à instalação – provisória, ao que tudo indica – desta Unidade em Coimbra, tendo a GNR adquirido material informático e mobiliário para o efeito, além de ter aberto concurso público para a reabilitação das instalações do Quartel das Lages para acolher a sala de situação provisória da UEPS. No total, nestes procedimentos, o Comando nacional da GNR gastou 99.122 euros, acrescidos de IVA.
No passado 27 de novembro, Dia da Cidade, o presidente da Câmara da Guarda pediu ao Governo para cumprir no «mais breve espaço de tempo» esta e outras «promessas» feitas na véspera da campanha eleitoral paras as últimas legislativas. Carlos Chaves Monteiro referia-se ao Centro Nacional de Educação Rodoviária, à nova delegação regional do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, ao Comando da Unidade de Emergência, Proteção e Socorro da GNR, ao Centro Nacional do Turismo e à retoma da segunda fase de requalificação do Hospital Sousa Martins. Na sessão solene dos 820 anos da cidade, o autarca afirmou que estes compromissos demonstram, «no plano das intenções, um processo de desconcentração da administração pública determinante para o desenvolvimento» da Guarda.

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Jornal O Interior

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