A baixa natalidade nos territórios da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) começa, inevitavelmente, a refletir-se nas escolas da região e no número de alunos matriculados ano após ano.
A Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência, organismo tutelado pelas áreas governativas da Educação e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, divulgou recentemente dados relativos à educação pré-escolar e aos ensinos básico e secundário, em termos de número de alunos, docentes e não docentes e estabelecimento de ensino entre o ano letivo 2009/2010 e 2020/2021. No que à CIMBSE diz respeito os concelhos da Guarda e da Covilhã foram os que mais estudantes perderam em números absolutos neste período. No primeiro caso as escolas guardenses perderam 3.414 alunos em 12 anos, já no município covilhanense verificou-se uma quebra de 4.166 matrículas (ver quadros). Na Mêda registou-se apenas uma descida de 176 alunos, seguindo-se Belmonte (-243) como o concelho que menos alunos perdeu.
Os dados divulgados também retratam a evolução do número de pessoal docente e não docente na educação portuguesa. Na CIMBSE apenas seis concelhos aumentaram o número de docentes desde o ano letivo 2014/15: foram eles Covilhã (47), Fundão (16), Fornos de Algodres (6), Mêda (6), Seia (3) e Trancoso (7). Todos os restantes municípios viram o número de professores baixar, à exceção de Belmonte, onde o número se manteve praticamente inalterado. No que toca ao número de pessoal não docente, a grande maioria dos estabelecimentos de ensino da região diminuiu o número de funcionários, à exceção de Almeida (+1) e Figueira de Castelo Rodrigo (+3).
Falando de níveis de ensino, em 12 anos, a CIM das Beiras e Serra da Estrela perdeu 1.520 alunos no pré-escolar, 2.872 no 1º ciclo do ensino básico, 1.862 no 2º ciclo, 5.969 no 3º ciclo e 4.113 no ensino secundário.
Carina Fernandes
