O Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela, criado após o incêndio que lavrou durante 11 dias, em agosto de 2022, «entra agora na fase de desenvolvimento de medidas e projetos que promovam a revitalização ambiental, social, económica e cultural do território afetado pelos incêndios».
A garantia é da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE), que está a coordenar os trabalhos com o apoio técnico dos laboratórios colaborativos MORE CoLAB e CoLAB Forestwise. Em comunicado, a CIMBSE adianta tratar-se de um Programa Integrado de Desenvolvimento Regional do Território com três focos: «Pessoas, Inovação Social, Demografia e Habitação; Ambiente, Proteção Civil, Florestas, Agricultura e Ordenamento; e Cultura, Turismo e Marketing Territorial. Os projetos e medidas que se pretendem implementar até 2030 no território do Parque Natural terão como objetivo a promoção «do desenvolvimento sustentável da região, da recuperação e revitalização do património natural e da biodiversidade, da inovação e do investimento para a revitalização dos setores produtivos e diversificação da base económica da região».
Com isso, a CIMBSE espera travar a «perda demográfica» e tornar o território serrano «mais resiliente às alterações climáticas, preservando e valorizando o Parque Natural da Serra da Estrela». Atualmente, estão a ser «delineados mais de uma dezena de projetos» sobre os «saberes-fazeres da CIMBSE e a valorização do património pastoril, as raças e os produtos autóctones; a capacitação das comunidades e do tecido empresarial; a reabilitação urbana e a recuperação e proteção de habitats».