Sociedade

Cerimónias religiosas presenciais regressam no sábado, mas DGS alerta para «risco aumentado» de propagação da Covid-19

Escrito por Luís Martins

A Direção-Geral da Saúde (DGS) publicou esta sexta-feira orientações para o regresso das missas com fiéis e, entre elas, aconselha as pessoas com mais de 65 anos ou problemas de saúde a assistir às celebrações através da rádio, da Internet ou da televisão, ou optar por horários menos frequentados.

As cerimónias religiosas presenciais, que são retomadas este sábado, acarretam um «risco aumentado» de propagação da Covid-19, adverte a DGS, no documento em que define as medidas de prevenção e controlo em locais de culto.

A lista com recomendações dirigidas às instituições religiosas e aos participantes nas celebrações foi publicada no site da DGS e sublinha a necessidade de serem adotadas medidas que «evitem ou limitem» a transmissão do coronavírus em locais de culto e durante as celebrações de culto.

«Torna-se, assim, necessário que as Instituições religiosas planeiem a resposta às necessidades diárias das suas comunidades durante a frequência nos seus espaços e eventos de culto, salvaguardando sempre a saúde pública e a adoção de medidas necessárias para minimizar a propagação da Covid-19», lê-se no documento.

Assim, as diferentes confissões religiosas devem «elaborar e/ ou atualizar um plano de contingência interno para Covid-19 que contemple os procedimentos a adotar perante um caso suspeito» da doença.

As celebrações, atividades, encontros, reuniões, catequeses e outros eventos de culto que implicam a aglomeração de pessoas devem ser limitados ou adiados, quando não for possível cumprir com as orientações transmitidas pelas autoridades de saúde.

Segundo a DGS, também se devem manter ativos os «meios de transmissão alternativos, nomeadamente com recurso a meios telemáticos» das celebrações. É também recomendada a remoção ou proibição do «toque de objetos ou substâncias do local de culto, nomeadamente água benta e outros símbolos».

As instituições devem igualmente providenciar uma sinalização para os lugares que podem ser ocupados de forma a garantir o distanciamento de, pelo menos, dois metros entre pessoas, que não se aplica a coabitantes.

Disponibilizar um dispensador de solução à base de álcool para desinfeção das mãos, pelo menos, à entrada e à saída do local de culto e em pontos estratégicos, promover o arejamento e higienização rigorosa dos espaços e a suspensão de saudações com contacto físico, como apertos de mão, beijos ou abraços, são outras das várias outras orientações.

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Luís Martins

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