A Câmara da Covilhã pretende fazer este ano uma operação de substituição de dívida, o que permitirá liquidar uma dívida antiga à EDP e o Programa de Apoio à Economia Local (PAEL).
A informação foi avançada pelo presidente a autarquia no final da reunião privada do executivo, realizada na sexta-feira, que deliberou, por maioria, dar início ao processo de consulta às entidades bancárias. Com um valor global de 3,6 milhões de euros, esta é uma «operação a dez anos» que tem como principal objetivo reduzir o valor dos juros pagos atualmente, além de permitir ao município «libertar-se» das regras e condições impostas pelo PAEL, disse Vítor Pereira. Segundo o edil socialista, esta medida permitirá «libertar a Câmara de teias e de amarras para que possamos trabalhar com mais tranquilidade e com mais recursos financeiros e a pensar no futuro da autarquia e dos covilhanenses». A adesão ao PAEL data de 2012 e implicou um empréstimo de 1,5 milhões de euros, valor que deverá ser liquidado ainda «antes do outono», altura em que o município prevê que estejam concluídos todos os procedimentos necessários para concretizar a referida operação de crédito.
Este financiamento permitirá ainda pagar cerca de dois milhões de euros à EDP referentes a uma dívida que remonta à década de 1970 e que seria da ordem dos 3,1 milhões de euros. Aos jornalistas, Vítor Pereira explicou que foi estabelecido um acordo de antecipação de pagamento que garantiu à Câmara uma redução de «cerca de 40 por cento», ou seja, mais de um milhão de euros. Na sexta-feira o município aprovou também a adjudicação da requalificação da Escola Frei Heitor Pinto, num investimento superior a três milhões de euros, e a construção do Centro de Incubação e Apoio ao Empreendedorismo. O espaço deverá surgir na antiga esquadra da PSP, no centro da cidade, e implicará um investimento de 783 mil euros.