O Bispo da Guarda, D. Manuel Felício, continua à espera de ser substituído e reitera as declarações feitas antes do Natal de 2023, de que «por altura da Quaresma pensava ter o meu sucessor e que a Páscoa já fosse por ele liderada». Assim sendo, a declaração que o prelado fez «há um ano» é aquela que deixa em 2024, dando a entender que ainda não sabe de «timings» e que o prazo que então indiciou era «aquele que desejava e continuo a desejar».
Este ano, à margem da leitura da Mensagem de Natal, o Bispo da Guarda recordou as «desigualdades gritantes» entre o interior e o litoral do país. D. Manuel Felício afirmou que não podemos «consentir modelos de desenvolvimento que aumentam as desigualdades» e notou que as pessoas nestas regiões «não têm as condições que há nos grandes centros e fogem para lá, mas qualquer dia o barco tomba-se». O prelado mantém na linha da frente as preocupações relacionadas com o «défice de esforço e de estratégias para conseguirmos o equilíbrio na distribuição de pessoas e serviços» pelo país e exemplificou que «D. Sancho I repovoou esta região, concedendo benefícios a quem viesse instalar-se, e eu não vejo que haja essa vontade atualmente».
O Bispo da Guarda voltou a apelar à paz e considerou que o Papa Francisco «tem razão quando alerta para a tal “terceira Guerra Mundial aos pedaços”». Na sua opinião, a «avaliação contínua tem de fazer parte da nossa prática habitual, a todos os níveis, começando por aqueles aos quais está confiada a primeira responsabilidade de velar pelo bem dos cidadãos e suas comunidades» e afirma que temos de «rever o equilíbrio e a coesão que precisam de ser reforçados no conjunto da sociedade».
Bispo da Guarda continua à espera de ser substituído
D. Manuel Felício aproveitou leitura da mensagem de Natal para alertar para a necessidade de combater as desigualdades entre interior e litoral