Os novos órgãos sociais da Associação Académica da Guarda (AAG) reuniram, na sexta-feira, depois da tomada de posse, para apurarem a condição financeira da instituição. E o «avultado» valor em dívida «surpreendeu» o recém-eleito presidente da direção, Tomás Miguel.
«Já sabia que havia dívidas para trás, mas não esperava que fossem tão elevadas, uma vez que ultrapassam os 71 mil euros», disse o dirigente a O INTERIOR. O montante em causa vem de direção anteriores, remonta «há vários anos» e diz respeito «a atrasos no pagamento a fornecedores de bebidas alcoólicas, seguranças, produções de Semanas Académicas e do Caloiro e ainda a gráficas», adiantou o responsável. Tomás Miguel aponta que todos os eventos realizados anualmente, seja Semana do Caloiro ou Semana Académica, «são um prejuízo para a Associação».
O líder dos estudantes do Politécnico da Guarda, que sucedeu no cargo a Beatriz Silva, cuja direção também integrou, desabafa que a AAG começou o ano de «uma forma atribulada, uma vez que houve fornecedores a quererem cortar os contratos connosco exatamente pelas dívidas em atraso, mas precisamos deles para continuar a organizar eventos em que angariamos dinheiro». Mesmo assim, segundo Tomás Miguel, parte dos problemas foram superados, uma vez que a Associação Académica da Guarda conseguiu «chegar a um consenso com quase todos os fornecedores». A solução da nova equipa que está à frente da AAG passa por «não criar mais dívidas, ou seja, quando se compra algo paga-se no próprio momento». Será também necessário «reduzir os gastos, mas sem diminuir o número de eventos que costumamos ter», disse o presidente da Associação Académica da Guarda, que ainda não anunciou a data de realização da Semana do Caloiro.