No Agrupamento de Escolas da Sé, na Guarda, o novo ano letivo arranca esta quinta-feira para o pré-escolar e primeiro ano do primeiro ciclo e na sexta-feira será a vez dos restantes anos iniciarem as atividades. «O primeiro tempo da manhã é dedicado aos diretores de turma, para fazerem a apresentação, e a partir do segundo tempo as aulas já vão decorrer normalmente», adiantou o diretor do Agrupamento.
David Gonçalves refere que os horários estão «dentro do que é normal». Na primeira reserva de recrutamento, que já saiu, foram colocados «todos os docentes de que necessitamos, mas falta saber se eles aceitam ou não. Isto tem a ver um bocadinho com a questão de atestados de doença e outros que, possivelmente, por causa das deslocações possam meter atestado médico», explica o responsável. Quanto ao pessoal não docente, uma competência da Câmara Municipal, o principal problema prende-se com o facto da legislação «não ter em conta o número de alunos nas escolas, mas a tipologia dos estabelecimentos de ensino».
David Gonçalves considera que a situação «provoca alguns problemas porque temos bastantes alunos com necessidades educativas especiais, uma situação prevista na tal portaria, mas que depois não corresponde no número de auxiliares de ação educativa colocados no estabelecimento de ensino». O diretor do Agrupamento de Escolas da Sé acrescenta que «algumas funcionárias já com uma certa idade metem atestado médico e não conseguimos que a autarquia faça essa substituição. Essa é que é, por vezes, a dificuldade».
Relativamente ao encerramento da Escola de São Miguel, o professor diz que «o nosso foco foi tentarmos não desintegrar as turmas que vinham dessa escola, e como não tínhamos salas na Sé para os colocar todos decidimos levá-los para a Carolina Beatriz Ângelo (CBA)». Assume, por isso, que a decisão «não agradou» a alguns encarregados de educação que «não aceitaram muito bem a questão», mas que a Câmara «comprometeu-se, e muito bem», a fazer o transporte desses alunos para a escola situada na zona da Sequeira, na periferia da cidade. Houve, no entanto, alguns pais que «não concordaram e fizeram a transferência dos educandos para a escola da Sé e outros para a Afonso de Albuquerque. Aceitámos muito bem essa situação, estão no seu direito».
A poucos dias do arranque das aulas, David Gonçalves garante que «está tudo calmo e as coisas estão a funcionar bem. Esperemos que continue assim». Neste início de ano letivo ainda estão a decorrer as obras do novo pavilhão desportivo da escola depois da intervenção feita no edifício sede do Agrupamento. O responsável esclarece que «não sabemos qual vai ser a data de conclusão dos trabalhos no pavilhão. Temos lá um Posto de Transformação (PT), o senhor presidente da Câmara já me disse que era para retirar. Temos bastantes turmas a precisar de um novo espaço coberto e temos de recorrer ao campo exterior».
Para o diretor do Agrupamento da Sé, as obras na escola «vieram beneficiar o espaço a vários níveis, principalmente na questão da certificação energética que nos permite poupar nos custos do consumo de combustíveis para o aquecimento». David Gonçalves refere também que «existe alguma falta de material na escola, mas a autarquia comprometeu-se a abrir um concurso para a aquisição de equipamentos. Temos trazido para a Sé e para a CBA algum material da Escola de São Miguel que está em boas condições», revela.