A AcriGuarda – Associação de Criadores de Ruminantes da Guarda organizou o congresso “PEPAC 23-27 Estratégia Nacional” para divulgar e debater o novo quadro comunitário de apoio para o setor. O evento decorreu no passado dia 7 no Teatro Municipal da Guarda (TMG).
Entre 2023 e 2027, o Plano Estratégico da Política Agrícola Comum (PEPAC) vai destinar mais de 6 mil milhões de euros à agricultura nacional, num apoio que vai permitir «mais sustentabilidade, mais viabilidade e um maior contributo para a coesão territorial».
O congresso teve como objetivo «tentar transmitir as regras do novo PEPAC» e esclarecer os agricultores guardenses sobre alguns pontos do documento que entrou em vigor em janeiro», disse Rui Matos, secretário da direção da AcriGuarda. Entre as conclusões do congresso o responsável realça o facto deste PEPAC ter «uma carga burocrática enorme». «Além de cortar verbas, vai dificultar o trabalho dos agricultores tornando-o muito mais burocrático. Eles vão ter cada vez mais de trabalhar com os papéis do que com os tratores», ironiza Rui Matos, avisando que o plano «vai provocar um corte substancial de verbas que varia de exploração para exploração e de setor para setor».
Porém, para tentar modificar o processo, o secretário da direção da AcriGuarda garante que «estamos abertos para reunir e para apresentar as nossas propostas para tornar isto muito mais fácil e expedito». Mas, caso não aconteça a mudança pretendida, «vamos ter de fechar a porta», alerta o responsável. O Congresso contou com oradores do Gabinete de Planeamento Políticas e Administração Geral do Ministério da Agricultura, da Confederação dos Agricultores de Portugal, da Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, do Instituto de Financiamento da Agricultura e Pescas e da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro.
Agricultores querem menos burocratização no PEPAC 23-27
