Sociedade

AAUBI pede propinas mais baixas

Escrito por Jornal O Interior

O presidente da Associação Académica da Universidade da Beira Interior (AAUBI) desafiou o reitor da instituição a baixar o valor das propinas, taxas e emolumentos ainda este ano letivo. «É um desafio ambicioso, mas estou confiante de que conseguirá cumprir estas expectativas», afirmou Afonso Gomes na cerimónia de abertura do ano letivo, realizada no passado dia 10.
Na sessão solene, o dirigente estudantil considerou ainda de «extrema importância» avançar com a construção de uma nova residência universitária, pois a UBI tem mais de 7 mil alunos, 5 mil dos quais deslocados, e que as residências têm capacidade para cerca de 800 estudantes. «É um equipamento que deverá ficar na zona baixa da Covilhã, onde ainda não há nenhuma estrutura estudantil», acrescentou. Na sua intervenção, Afonso Gomes lembrou também que a que comunidade estudantil da UBI é «parte integrante de toda a Beira Interior» e que é «importante começar a olhar para estes alunos de outra forma, criando condições para que se fixem na região». Nesse sentido, o líder associativo pediu às autarquias da Beira Interior para que, em conjunto com a Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela, criem incentivos, como uma bolsa de arrendamentos para recém-licenciados e que aumentem os protocolos com as empresas, para «garantir que a mão-de-obra de qualificada não abandona este território no fim do curso.
Questionado sobre a redução das propinas pelos jornalistas no final da cerimónia, o reitor António Fidalgo lembrou que nos últimos anos elas não aumentaram e garantiu que «não é possível», já que a UBI continua a ser a universidade do país mais subfinanciada pelo Governo. O Governo decidiu entretanto que, em 2019, o teto máximo das propinas deverá ficar nos 856 euros, menos 212 euros do que o valor aplicado atualmente. A redução consta da proposta de Orçamento de Estado. Na sessão, António Fidalgo aludiu às dificuldades da universidade, mas disse que «não é chorando que as superamos, mas sim com alegria». Na sua opinião, «a tristeza e a discórdia não cabem numa universidade sob pena de a aniquilarem».

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