Sociedade

120 camas de retaguarda para doentes Covid na Guarda e na Covilhã

Escrito por Jornal O INTERIOR

Antigo Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos e seminário do Tortosendo acolhem infetados sem necessidade de internamento hospitalar que ainda precisem de cuidados clínicos

O antigo seminário do Tortosendo vai ser uma unidade de retaguarda para doentes Covid com o objetivo de aliviar a pressão no Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHUCB).

O espaço terá 30 camas e a sua disponibilização resulta de uma articulação entre a Câmara, o CHUCB e o Agrupamento de Centros de Saúde da Cova da Beira. As instalações são cedidas gratuitamente pela Congregação do Verbo Divino. «A intenção é criar um hospital de retaguarda, um sítio com todas as condições técnicas, com comodidade, conforto e assistência de profissionais de saúde», adiantou o presidente da Câmara da Covilhã durante a reunião pública do executivo, realizada na passada sexta-feira. A futura unidade destina-se a doentes com Covid-19 que já não precisem de internamento hospitalar, mas que ainda necessitem de cuidados clínicos e de um acompanhamento mais especializado para a sua recuperação, acrescentou Vítor Pereira, referindo que a medida irá permitir libertar camas nas enfermarias Covid do CHUCB.

Na Guarda, a autarquia ativou em dezembro a estrutura de apoio de retaguarda nas instalações do antigo Centro Apostólico D. João de Oliveira Matos. O edifício acolhe 80 camas para doentes com Covid-19 sem necessidade de internamento hospitalar e utentes de estruturas residenciais para idosos que tenham testado positivo e devem cumprir quarentena em isolamento. A disponibilização deste espaço resulta de uma colaboração entre o município, a Unidade Local de Saúde, a delegação distrital da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Segurança Social e a Diocese da Guarda. Na semana passada, o Governo anunciou que reforçou a rede das 20 Estruturas de Apoio de Retaguarda (EAR), que têm uma capacidade máxima instalada de 2.069 utentes. Dessas, onze já acolhem 144 doentes, entre as quais as da Guarda e de Castelo Branco, que fica na Pousada da Juventude.

Além destas, serão criadas mais oito unidades de retaguarda para disponibilizar um máximo de 2.300 camas nos 18 distritos do continente. No passado dia 20, um despacho conjunto dos ministros da Administração Interna, do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Saúde estabelecia que as EAR passam a poder ser utilizadas também, excecionalmente, por pessoas internadas em unidades hospitalares devido a condições clínicas não relacionadas com o SARS-CoV-2, com alta clínica, mas sem necessidade de internamento em unidade hospitalar ou em outra unidade de saúde. Publicado em “Diário da República”, o documento determina ainda que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) suporta, «sempre que necessário», as despesas relativas a alimentação, eletricidade, aquecimento, gás, água, telecomunicações, lavandaria, limpeza e higienização das instalações das EAR.

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