Desde o início de outubro que pequenas placas, com a forma das identificações toponímicas, têm aparecido em diversos edifícios da cidade mais alta.
São azuis com letras brancas e dizem “Guarda a destruir património desde 1980”. Não se sabe ao certo quantas existem espalhadas pela urbe, nem tão pouco quem será o autor da provocação, mas, na opinião de algumas pessoas com quem falámos, terão sido colocadas como alerta e crítica para o facto de alguns edifícios de interesse histórico ou arquitetónico estarem devolutos ou terem sido destruídos. A interpretação de algumas pessoas com quem O INTERIOR falou será de que o autor ou autores desta ação consideram que desde 1980 haverá responsabilidades políticas no estado em que esse património se encontra. De recordar que Abílio Curto era o presidente da Câmara à altura (entre 1976 e 1995) e depois seguiu-se Maria do Carmo Borges (de 1995 a 2005), Álvaro Guerreiro (2005), Joaquim Valente (de 2005 a 2013), Álvaro Amaro (entre 2013 e 2019), Carlos Chaves Monteiro (de 2019 a 2021) e, atualmente, Sérgio Costa, que iniciou o mandato em 2021.
As placas estão colocadas no Hotel Turismo da Guarda, no antigo Cine-Teatro, no Largo de São João, no edifício do antigo Banco Nacional Ultramarino (onde nos últimos anos funcionou a Caixa Geral de Depósitos), na Rua do Comércio, e no edifício do antigo Colégio do Roseiral, na Rua Batalha Reis, onde vai surgir um centro de análises clinicas e consultórios médicos.