Região

Unidade de Intervenção Cardiológica da Covilhã já ultrapassou os mil procedimentos

Cardiológica
Escrito por Carlos Gomes

Serviço que se dedica exclusivamente ao tratamento das obstruções coronárias está em funcionamento desde fevereiro na ULS da Cova da Beira

Desde fevereiro, a Unidade de Intervenção Cardiológica da Unidade Local de Saúde (ULS) da Cova da Beira, na Covilhã, já realizou 1.035 procedimentos.
«Fizemos história. Esta unidade passou a ser uma das melhores, senão a melhor do país, a este nível da angioplastia primária», disse Mário Costa, cardiologista de intervenção responsável pela unidade, na segunda-feira durante a cerimónia que assinalou os oito meses de funcionamento deste serviço. «De pior zona de Portugal passámos a ser a melhor, porque o tempo de espera é muito rápido», sublinhou o médico, que lidera um grupo com mais de cem pessoas «em estado muito avançado de formação», incluindo da equipa interna, e profissionais de todo o país que se deslocam à Covilhã. Mário Costa adiantou aos jornalistas não conhecer nenhum serviço de tratamento das obstruções coronárias que, em oito meses, tenha feito mil procedimentos, entre os quais 200 urgentes».
A unidade tem servido as populações dos distritos de Castelo Branco e da Guarda e a previsão é terminar o ano com 1.500 procedimentos e 500 de urgência. Presente na sessão, a enfermeira responsável, Dora Saraiva, adiantou que desde fevereiro foram atendidos 720 doentes: 280 da Covilhã, 239 de Castelo Branco e 201 da Guarda. A maioria apresenta problemas de hipertensão, 69 por cento são homens, com uma média de 69 anos, enquanto as mulheres representam 31 por cento dos utentes tratados, com uma média de 73 anos. «Temos algumas diferenças em relação ao panorama nacional: mais doentes hipertensos, com colesterol não controlado, e temos também doentes mais idosos», sublinhou Marco Costa, destacando a importância de um serviço que evita a transferências dos doentes para outras zonas do país, porque «cada minuto conta» até se ser assistido.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da ULS da Cova da Beira, João Casteleiro, classificou os profissionais que trabalham na unidade como «quase uma seleção nacional» e manifestou «gratidão» a quem a tornou possível, após «muita persistência». «Não é uma unidade para a cidade nem para Castelo Branco, mas para a região e para o país», enfatizou o responsável. A funcionar todo o ano, 24 horas por dia, a Unidade de Intervenção Cardiológica entrou em funcionamento a 1 de fevereiro e em julho foi reforçada, quando passaram a ser feitas aterectomias rotacionais, para tratar obstruções coronárias causadas por grandes quantidades de cálcio, consideradas essenciais para responder às necessidades dos utentes com angioplastias complexas.

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Carlos Gomes

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