Região

Sindicatos portugueses e espanhóis unem-se para melhorar condições dos trabalhadores na raia

Fronteira Portugal España Vilar Formoso (1)
Escrito por Sofia Pereira

Quatro estruturas sindicais espanholas e portuguesas vão criar uma plataforma informativa para ajudar a identificar e resolver os problemas que afetam os trabalhadores transfronteiriços na zona da raia dos dois países.

O Comité Sindical Internacional de Castilla y León, Nordeste e Beiras de Portugal, que junta a União Geral de Trabalhadores (UGT) da Guarda, a UGT de Castilla y León (Espanha), a Comisiones Obreras en Castilla y León (Espanha) e a União de Sindicatos da Guarda, reuniu na semana passada na Guarda para divulgar o projeto. «Estas quatro organizações estão empenhadas em levar este projeto para a frente e tentar que beneficie os trabalhadores transfronteiriços. Nesta região há vários problemas, queremos que a situação melhore através deste instrumento de informação que vamos pôr à disposição utilizando as quatro organizações», adiantou José Pedro Branquinho, presidente do Comité Sindical Internacional e coordenador da União de Sindicatos da Guarda, afeta à CGTP. O dirigente afirmou que a estrutura tem feito um trabalho positivo para a melhoria das condições dos portugueses que vão trabalhar para o outro lado da fronteira e dos espanhóis que vêm trabalhar para Portugal.

«Continuaremos a desenvolver um trabalho de forma a levantar estes grandes problemas que temos levantado, mas também a tentar encontrar soluções para que sejam salvaguardados os direitos ao nível da saúde e segurança no trabalho e do contrato efetivo de trabalho», referiu o sindicalista. Já Vicent Andrés, secretário-geral da Comisiones Obreras en Castilla y León, adiantou que os sindicatos têm uma tarefa fundamental para garantir que os trabalhadores que atravessam a fronteira têm a situação regularizada. «Os problemas estão escondidos. Vamos tentar saber dentro de dias que de volume de pessoas é que estamos a falar e para poder articular com as entidades. Mas há muitos problemas com as pessoas transfronteiriças», disse, constatando que, «normalmente, às pessoas que vão de um lado para o outro da fronteira são-lhes aplicadas as piores condições de trabalho».

As quatro estruturas sindicais pretendem criar uma estrutura de diálogo, onde possam estar representados os sindicatos, os patrões e as instituições para tentar desenvolver projetos em comum e também contribuir para o desenvolvimento da região da raia. A partir de setembro, o Comité Sindical Internacional de Castilla y León, Nordeste e Beiras de Portugal será presidido pela UGT de Castilla y León.

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Sofia Pereira

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