Região

Sardinhas doces são «vitória da região»

Escrito por Sofia Craveiro

Autarca de Trancoso destaca «união dos trancosenses» para a vitória deste doce típico na fase distrital do concurso “7 Maravilhas Doces de Portugal”

As sardinhas doces de Trancoso venceram a fase distrital do concurso “7 Maravilhas Doces de Portugal”, cuja votação por telefone decorreu no passado dia 10 e foi acompanhada durante a emissão da RTP1, em direto a partir da Praça Velha, na Guarda.
A iguaria conventual centenária da “cidade de Bandarra”, que estava integrada na categoria Doce de Território, avança, assim, para as meias-finais do concurso. Pelo caminho ficaram as Cavacas de Pinhel, o Bolo Negro de Loriga (Seia), o D. Sancho (Guarda), os Doces de Amêndoa (Vila Nova de Foz Côa), a Flor de Escalhão (Figueira de Castelo Rodrigo) e o Ouriço de Castanha (Seia). Amílcar Salvador, presidente da Câmara de Trancoso, congratulou-se com este resultado e destaca «a forma como os trancosenses se uniram para conseguir a vitória da nossa iguaria». Na hora desta conquista, o edil parabeniza todos os demais concelhos participantes no concurso, «que concorreram com doces de excelência», considera. «A vitória das Sardinhas Doces recai sobre o distrito e a região, sobretudo pela promoção que obtivemos destes territórios», sublinha Amílcar Salvador.
Com um recheio de amêndoa, ovos e açúcar, envolto numa espécie de massa tenra que depois é frita e coberta com chocolate, a sardinha doce continua a fazer furor e ninguém passa por terras de Bandarra sem comprar este doce conventual. O êxito deve-se em grande parte à divulgação feita pela Confraria das Sardinhas Doces de Trancoso, criada em 2011. Estima-se que a receita tenha tido origem no séc. XVII, no antigo Convento de Freiras de Santa Clara (extinto em 1864), tendo-se tornado hoje num dos “ex-libris” da gastronomia local. O seu nome terá sido um tributo à sardinha, devido à sua escassez na região naquela altura, mas também deriva da sua configuração – o seu formato é retangular com uma das extremidades pontiaguda e a outra em forma de rabo de peixe –, com dez a 15 centímetros de comprimento.
Em Castelo Branco, o doce vencedor foi a Tigelada de Proença-a-Nova. Na corrida estavam também os Cartuchos de Amêndoa de Cernache do Bonjardim, os Coscoréis e Filhós (do concelho da Sertã), Cavacas e Fidalgo de Cherovia (da Covilhã) e Folar de Cereja de Ouro (Fundão), que não passaram à próxima fase.
A final do concurso das “7 Maravilhas Doces de Portugal”, onde serão anunciadas as sete iguarias vencedoras, está agendada para 7 de setembro e será transmitida pela RTP1. Antes disso serão apurados 20 pré-finalistas através dos votos do público. A estes somam-se oito doces que serão repescados pelo júri. Seguem-se depois duas meias finais, que resultarão na seleção de 14 doces (de entre um total de 28). Os 28 pré-finalistas são divididos por sorteio pelas duas meias finais, que decorrem nos dias 24 e 31 de agosto, em direto na RTP1.

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Sofia Craveiro

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