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Requalificação dos Paços do concelho em Trancoso adjudicada à Edibeiras

Dsc 9004
Escrito por Efigénia Marques

A Câmara de Trancoso já adjudicou a requalificação dos Paços do Concelho à empresa Edibeiras, pelo valor de 1,2 milhões de euros, mais IVA. O contrato está a aguardar o visto do Tribunal de Contas, mas o autarca local admite que a empreitada possa arrancar no início de maio.
«É uma obra emblemática e sobretudo necessária porque quer os funcionários, quer quem nos visita, merece outras condições, uma vez que o edifício tem muitas patologias e coloca em risco a segurança de quem ali trabalha e de quem ali se desloca», refere Amílcar Salvador. O presidente da Câmara de Trancoso recorda tratar-se de uma obra reclamada «há 30/40 anos» e que consistirá na demolição do interior do edifício para «ser adaptado às necessidades dos tempos atuais em termos de conforto, funcionalidade e poupança energética». As fachadas serão mantidas e o salão nobre vai ser restaurado.
Mais problemática deverá ser a transferência dos serviços. «Não vai ser fácil, estamos a encontrar algumas soluções para continuarem no centro histórico. Está praticamente acordado mudar grande parte dos serviços municipais para o Clube Trancosense, um edifício ao lado da Câmara, que tem estado fechado, e teremos que procurar acomodar mais alguns no edifício B», adianta. O edil trancosense também tenciona aproveitar a abertura da incubadora de empresas, que está para breve após a conclusão da remodelação do antigo quartel da GNR, para ali sediar secções vocacionadas para o empreendedorismo, bem como o Gabinete de Apoio ao Emigrante e à Diáspora e o Gabinete de Apoio ao Agricultor. «era o que já estava programado mudar para lá, mas se necessário poderemos acomodar ali mais dois ou três serviços», acrescenta Amílcar Salvador.
A requalificação dos Paços do Concelho de Trancoso obteve uma comparticipação do Estado da ordem dos 673 mil euros, através de dois contratos-programa celebrados com a Direção-Geral das Autarquias Locais (DGAL) de 366 mil euros e de 306 mil euros. «Ou seja, temos assegurado um apoio de cerca de 50 por cento do custo da obra», constata o presidente do município. Usado como Paços do Concelho desde 1917, o edifício «nunca teve qualquer tipo de intervenção significativa e apresenta inúmeras patologias a nível da estrutura, da cobertura, da caixilharia e da eficiência energética que urge corrigir», lembrou o autarca em agosto último.

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Efigénia Marques

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