Região

Produção com quebra de 15 por cento na Beira Interior

Vindimas
Escrito por Efigénia Marques

A produção de vinho na Beira Interior deve registar este ano uma quebra de 15 por cento face a 2021, mas em termos de qualidade o ano é «bastante bom», considera o presidente da Comissão Vitivinícola Regional
Rodolfo Queirós revela que «no ano passado produzimos cerca de 22,5 milhões de quilos de uvas e este ano andaremos pelos 19 milhões de quilos». Segundo o responsável, no início do Verão «o cenário era um bocadinho mais complicado», mas as chuvas que caíram em finais de agosto e no início de setembro foram benéficas para as uvas. Quanto à qualidade dos vinhos, Rodolfo Queirós vaticinou que este ano será «bastante bom» porque, como foi um ano seco, não se verificaram doenças nas videiras e não foi necessário fazer tratamentos. «Perante tudo isto obviamente que temos a expetativa de que os vinhos, tanto brancos, como tintos, sejam bastante bons», sublinhou.
Este ano, devido à vaga de calor, a vindima foi antecipada em quase todas as adegas, mas «em termos históricos, a Adega de Figueira de Castelo Rodrigo é a última do país a terminar» a campanha anual, porque está numa zona de vinhas de mais alta altitude e o amadurecimento das uvas é mais lento. Já a Adega Cooperativa de Pinhel decidiu, pela primeira vez, antecipar a vindima em uma semana (começou a 10 de setembro e terminou no dia 14 de outubro) face aos períodos anteriores. Segundo Rodolfo Queirós, a área da CVRBI produz entre 60 a 65 por cento de vinhos tintos, sendo a restante percentagem preenchida por brancos, rosados e espumantes. A região está a apostar na produção de vinhos biológicos e, de acordo com o responsável, é aquela que «mais vinhos biológicos certifica».
«Atualmente já colocamos mais de meio milhão de garrafas de vinho biológico no mercado. Este ano, sei que esse valor em termos de colheita e seleção de uvas vai aumentar significativamente e é um caminho de afirmação e de diferenciação, sobretudo para mercados de exportação, porque os vinhos biológicos estão a ter cada vez maior aceitação nos mercados internacionais», garantiu Rodolfo Queirós.

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Efigénia Marques

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