Região

PP refém dos extremistas do Vox após eleições em Castela e Leão

Escrito por Luís Martins

O Partido Popular (PP) venceu as eleições regionais da vizinha comunidade espanhola de Castela e Leão, que decorreram no domingo, e mantém-se na governação da mais vasta das 17 comunidades autónomas. Contudo, os conservadores liderados por Alfonso Mañueco vão precisar do apoio do Vox, partido de extrema-direita que elegeu 13 deputados, para conservar o poder, uma vez que só conseguiram ocupar 31 dos 81 lugares do Parlamento autonómico.

As eleições tinham sido antecipadas por iniciativa do PP, que não conseguiu a tão almejada maioria absoluta ficando-se pelos 31,5 por cento dos votos. O protagonismo da noite eleitoral foi do Vox, encabeçado na região por Juan García-Gallardo, que registou uma subida em flecha, de 1 para 13 deputados e de 5,5 para 17,6 por cento dos sufrágios. Números que já levaram o dirigente a reclamar lugares no novo executivo de Castela e Leão.

Por sua vez, o PSOE (Partido Socialista Operário Espanhol) alcançou os 30 por cento e 28 assentos, menos sete deputados do que há três anos. Na altura, os socialistas venceram as eleições, mas não formaram governo devido a uma maioria de direita. A abstenção foi de 36,6 por cento, mais dois pontos percentuais do que 2019. O governo de Castela e Leão está nas mãos dos populares desde 1987, tendo  o primeiro presidente de direita sido José María Aznar, mais tarde primeiro-ministro. Os socialistas só estiveram no poder na primeira legislatura.

Esta comunidade autónoma que faz fronteira com o distrito da Guarda tem 94.226 quilómetros quadrados (mais do que Portugal), nove províncias e 2,38 milhões de habitantes, com uma média etária de 49,7 anos. A capital autonómica é Valladolid.

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Luís Martins

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