A Plataforma Pela Reposição das SCUT (vias sem custos para o utilizador) na A23 e A25 apela ao Governo para que suspenda as portagens até ao final do ano de forma a reduzir os impactos da Covid-19 nas famílias e empresas da região.
«Perante o atual cenário, a Plataforma, mantendo a posição de princípio de que as portagens devem ser abolidas, apela ao Governo por medidas extraordinárias que cheguem rapidamente às empresas e trabalhadores para garantir a sobrevivência da economia regional», defende o movimento que junta empresários, sindicatos e utentes em comunicado enviado a O INTERIOR. Nesse sentido, é sugerida «a suspensão das portagens pelo menos até ao final do ano corrente», o que, acreditam, poderá «estimular o turismo interno, que permanece paralisado pela Covid-19, e que é fundamental retomar». A Plataforma endereçou também uma missiva à ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, na qual manifesta o seu descontentamento face ao adiamento da introdução de mais descontos nas portagens das antigas SCUT devido à pandemia.
«O facto de adiar o processo tendente à abolição das portagens é contraproducente do ponto de vista económico, financeiro e social. O interior do país, dada a sua situação de fragilidade, está já a sentir de forma ainda mais intensa e dura as consequências da pandemia no seu tecido económico e social, absolutamente devastadoras para a tão desejada coesão económica e social», avisam. Para a Plataforma pela Reposição das SCUT, neste momento «o mais importante é tomar decisões e adotar medidas de política que ajudem a atenuar as dificuldades das empresas e das populações». Este movimento integra sete entidades dos distritos de Castelo Branco e da Guarda, nomeadamente a Associação Empresarial da Beira Baixa, a União de Sindicatos de Castelo Branco, a Comissão de Utentes Contra as Portagens na A23, o Movimento de Empresários pela Subsistência pelo Interior, a Associação Empresarial da Região da Guarda, a Comissão de Utentes da A25 e a União de Sindicatos da Guarda.