A exposição “Paula Rego – Rotura e Continuidade” já pode ser visitada no Museu do Côa, em Vila Nova de Foz Côa. A inauguração decorreu a 1 de dezembro e as obras ficam no Museu até 24 de julho de 2024.
Aida Carvalho, presidente da Fundação Côa Parque, olha para a exposição como uma «prenda para o Museu do Côa e para o território do Vale do Côa e para o país» uma vez que se tornou possível ter esta exposição no Museu do Côa em altura de comemorações dos 25 anos da inscrição dos Sítios de Arte Rupestre do Vale do Côa na lista do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Aida Carvalho afirma que toda a equipa do museu está orgulhosa por ter uma exposição de Paula Rego. «Um projeto muito ambicionado e que agora conseguimos concretizar».
Trata-se de uma exposição composta por 80 quadros com um destaque para três momentos: o da abertura, na sexta-feira, 1 de dezembro; a inauguração oficial no domingo, dia 3 de dezembro; e a sessão de apresentação do catálogo, que engloba o processo de montagem da exposição; e contempla obras de Paula Rego desde os anos 80 até anos anos 2000.
Já a curadora da mostra, Catarina Alfaro, responsável pela Casa das Histórias Paula Rego, em Cascais, diz que a exposição reúne um grande grupo de gravuras da artista, destacando a série de litografias “Jane Eyre” e o conjunto dedicado ao “Aborto”.
Paula Rego nasceu em Lisboa, a 26 de janeiro de 1935, e começou a desenhar ainda em criança, tendo partido para a capital britânica com 17 anos para estudar na Slade School of Fine Art, onde viria a fixar residência. Em 2016 recebeu a medalha de honra da cidade de Lisboa e, em 2019, a Medalha de Mérito Cultural do Ministério da Cultura.
Paula Rego morreu no dia 08 de junho de 2022, em Londres. A Direção-Geral do Património Cultural comprou a obra por 60 mil euros, para a incluir na Coleção de Arte Contemporânea do Estado (CACE), ficando em depósito no Museu do Côa.