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Rede de Arte Contemporânea é “democratização do acesso à cultura”, diz ministro da Cultura

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Escrito por Sofia Pereira

A Exposição Dark Safari foi esta tarde inaugurada no Museu do Côa, Vila Nova de Foz Côa. Esta exposição conta com 40 obras da coleção de Arte Contemporânea do Estado. Na cerimónia esteve Pedro Adão e Silva, Ministro da Cultura, que abriu o programa de circulação da CACE no território nacional.

Para o ministro da Cultura, «é simbólico que a primeira mostra da CACE aconteça em Foz Côa, um território de baixa densidade, distante das áreas metropolitanas, com uma paisagem profundamente marcada pelas primeiras manifestações artísticas do Homem, de certa forma ‘berço’ do que hoje apelidamos de arte pública».

Pedro Adão e Silva sublinhou que esta exposição reflete «o grande investimento do Governo na Arte Contemporânea, materializado na criação da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC), com uma linha de apoio em 2023 de dois milhões de euros, e também na política de aquisições e programação associada à CACE, cujo orçamento ascende este ano a um milhão de euros”.

O ministro da Cultura considerou também que o lançamento da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea (RPAC) constitui uma nova abertura a este tipo de arte envolvendo entidades de natureza muito distinta. Para Pedro Adão e Silva «esta medida corresponde àquilo que é a democratização do acesso à cultura».

Adão e Silva vincou ainda que foram anunciadas as “primeiras entidades” de que farão parte da RPAC, da qual fazem parte 66 espaços que correspondem a 58 entidades, com uma presença em 36 concelhos do país.

«Estas entidades que foram credenciadas na RPAC poderão candidatar-se a partir do próximo mês de abril a uma linha de financiamento de dois milhões de euros para promover a mediação e circulação de várias iniciativas ligadas à arte contemporânea durante 2023», referiu o ministro da Cultura.

O diploma do Governo que criou a RPAC, publicado em 11 de maio de 2021 em Diário da República, define-a como uma plataforma de dinamização que irá promover a interação de 120 instituições dispersas pelo país, já identificadas.

Por seu lado, o presidente da Câmara de Foz Côa, João Paulo Sousa, indicou que o facto de esta cidade ser escolhida para dar início à circulação da exposição da CACE, consubstancia «a dimensão cultural para o país de um território que tem dois patrimónios mundiais da humanidade», a Arte do Côa e o Alto Douro Vinhateiro. Já Aida Carvalho, Presidente da Fundação Côa Parque, mostrou a sua enorme satisfação por esta exposição de caráter itinerante ter começado precisamente no Museu do Côa. “Dark Safari”, com mais de 40 obras de autores portugueses e estrangeiros, constitui o primeiro momento da CACE que ficará patente em dois polos, no Museu do Côa e no Centro Cultural de Foz Côa, até 30 de julho.

A mostra conta com obras de Andy Warhol, Fernão Cruz, Helena Almeida, Hugo Canoilas, Jimmie Durham, João Fonte Santa, Ana Pérez-Quiroga, Kiluanji Kia Henda, Luís Lázaro Matos, On Kawara, Sara Bichão e Tiago Baptista, entre outros artistas.

 

 

 

 

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Sofia Pereira

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