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Municípios do Parque Natural da Serra da Estrela estudam recursos hídricos

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Escrito por Efigénia Marques

Ana Abrunhosa considera que «pensar, planear e gerir a Serra da Estrela não pode ser um ato isolado»

Os seis municípios que integram o Parque Natural da Serra da Estrela (Guarda, Gouveia, Celorico da Beira, Manteigas, Covilhã e Seia) assinaram um contrato para a execução de estudos relativos ao Plano de Avaliação dos Recursos Hídricos do PNSE.
O estudo, que surge no âmbito do Plano de Revitalização da Serra da Estrela, criado pelo Governo após o incêndio de 2022, tem como objetivos o planeamento e a gestão integrada dos recursos hídricos na área destes municípios, «como fator potenciador do desenvolvimento social e económico dos vários setores de atividade», como disse Ana Abrunhosa, ministra da Coesão Territorial, acrescentando que «pensar, planear e gerir a Serra da Estrela não pode ser um ato isolado. É um exercício participado e inclusivo». A governante realçou a importância dos municípios se unirem por «um bem maior», o de «melhorar a vida das populações». Esta é «a prova que os territórios só têm a ganhar quando colaboram em soluções abrangentes, capazes de melhorar a vida das populações. Temos de ultrapassar as fronteiras administrativas, sobretudo quando os territórios são tão sensíveis como é o caso do PNSE. Hoje deram mais uma prova da vossa união por um bem maior, hoje cumpriram missão pública», vincou Ana Abrunhosa, para quem este estudo vai ajudar vários setores económicos como «o abastecimento da água potável, a agricultura, as florestas, a produção hídrica de eletricidade, a indústria, o turismo e a biodiversidade».
A gestão administrativa e executiva da parceria é da responsabilidade do município da Guarda. Segundo o presidente Sérgio Costa, que falou em nome dos restantes autarcas, o estudo já está a ser elaborado e o trabalho deverá ficar concluído «no mais curto espaço de tempo» para que situações como as do ano passado não se repitam. «É fundamental para a atual geração e para as vindouras que possa existir um documento orientador sobre o verdadeiro potencial hídrico da Serra da Estrela para evitar situações relacionadas com a falta de água das barragens», afirmou o edil. Depois de concluído o estudo, «temos de arregaçar as mangas porque bem recordamos todos no final do ano passado, depois dos incêndios, a iminência falta de água para abastecimento às populações. Felizmente começou a chover, mas o problema está a surgir anos após ano», avisou Sérgio Costa.
Também as alterações climáticas «determinam como medida de adaptação um reforço da capacidade de armazenamento, de eficácia e a reutilização de água face a uma diminuição da disponibilidade hídrica, apontando como medida de adaptação a reavaliação da viabilidade de construção de novas reservas de água», argumentou Sérgio Costa.

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Efigénia Marques

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