O Fundão é um dos municípios fundadores da Rede Nacional de Arte Pré-Histórica, promovida pelo Museu do Côa para integrar e promover diversos sítios possuidores destas ancestrais manifestações patrimoniais.
Para Bruno Navarro, presidente da Fundação Côa Parque, «esta rede vai otimizar recursos e integrar projetos de investigação científica, em paralelo com a defesa ambiental e afirmação identitária dos territórios. O Fundão é uma peça fundamental nesse mosaico de cooperação de complementaridades». Já a vereadora Alcina Cerdeira, com o pelouro da Cultura na Câmara do Fundão, justificou que «a arte pré-histórica é parte integrante e ímpar da nossa rica carta patrimonial. As gravuras rupestres do Poço do Caldeirão, na Barroca, são únicas no seu enquadramento ambiental. É um sítio cheio de possibilidades ainda por explorar, da arqueologia ao turismo rural». A responsável anunciou a intenção de «reformular e atualizar» o centro de interpretação existente no local. Também as prospeções arqueológicas vão regressar às margens do rio Zêzere, revelou o diretor do Museu Arqueológico do Fundão, Pedro Salvado, que esteve ligado à primeira fase de estudo do conjunto de gravuras, descoberto em 2003 por Diamantino Gonçalves e Belarmino Lopes. «Há que voltar a religar este fantástico lugar gráfico à história da paisagem e partilhar a salvaguarda deste património com a comunidade», disse o responsável.