Manuel Frexes, deputado do PSD na Assembleia da República e líder da distrital social-democrata de Castelo Branco, está a ser investigado pelo Ministério Público (MP) por indícios de delitos económico-financeiros em negócios quando era presidente da Câmara do Fundão.
Segundo o jornal “Público” da passada quarta-feira, o MP já pediu o levantamento da imunidade parlamentar de Manuel Frexes «para ser interrogado como arguido». O diário adiantou que estará em causa a existência de um contrato fictício com um empreiteiro, «cujos serviços terão sido usados para outros fins que não os previstos». A PJ da Guarda, que está encarregue da investigação, suspeitará também de sobrefaturação de serviços, tendo efetuado buscas nos serviços da autarquia no final de setembro. Na altura, Paulo Fernandes, atual edil fundanense, confirmou que foram solicitados «elementos sobre uma empresa relativos a processos de há muitos anos» e que a Câmara a disponibilizou «toda a colaboração necessária». Citado pelo “Público”, Manuel Frexes disse-se «surpreendido» com a investigação e está disponível para colaborar com a justiça. «Tudo o que fiz foi na defesa do município. Nunca fiz nada de errado, nunca prevariquei», declarou o ex-autarca do Fundão, que presidiu ao município durante dez anos, entre 2002 e 2012.