As obras dos Passadiços do Côa tiveram início este mês, na margem esquerda do rio Côa, no concelho de Vila Nova de Foz Côa.
A construção está orçada em cerca de 300 mil euros e vai permitir uma melhor visita à arte rupestre do Parque Arqueológico, assim como a ligação ao Museu do Côa. João Paulo Sousa, presidente da autarquia local, revela que as obras «estão a decorrer com normalidade», no entanto trata-se de um «trabalho que não é fácil porque estamos a falar de uma encosta em que temos de levar para lá todo o material, como as madeiras que são extremamente pesadas, e como não podemos levar maquinaria para o terreno, é um trabalho essencialmente manual». Segundo o edil fozcoense, a empreitada é «bastante peculiar porque, quando se trata de passadiços, temos de privilegiar a questão da paisagem e logo esta que fica na encosta do Museu do Côa».
Os trabalhos deste novo percurso turístico, que terá uma extensão estimada de mais de 800 metros, devia ter começado em julho, mas só agora foi possível avançar. «Isso tem a ver fundamentalmente com a questão da Covid e com o facto de existir uma reestruturação da obra», refere João Paulo Sousa. A obra devia ligar o Museu do Côa à margem do Rio Douro, no entanto, «as entidades que gerem a cota do leito do rio Douro e a Agência Portuguesa do Ambiente consideram que, para salvaguardar essa zona e o leito de cheia», não é possível que a construção chegue mesmo à beira rio.
Apesar da empreitada ter começado há bastante pouco tempo, a estimativa é que seja concluída e inaugurada já na Primavera do próximo ano: «As obras ainda podem sofrer muitas alterações, e vamos ver como é que a Covid se vai desenvolver, mas quero acreditar, e estamos a fazer tudo por tudo, para que na altura da Primavera exista de facto essa inauguração», sublinhou João Paulo Sousa.
Já arrancaram as obras dos Passadiços do Côa
